Antes de montarmos qualquer apresentação é preciso saber qual é o público-alvo


Existe uma etapa do processo de criação de apresentações corporativas que é facilmente pulado pelos profissionais, e que faz uma enorme diferença na qualidade e na eficiência da sua apresentação: o estudo do público-alvo. O que é um fato interessante, sendo que, no mercado de comunicação, nenhuma campanha publicitária é aprovada enquanto ela não prova que atinge o público. Então, porque com apresentações isso seria diferente?

Uma apresentação não deixa de ser uma peça de comunicação. Para dar resultados, precisa passar por um processo criativo muito parecido com o das agências de publicidade. Nesse processo, um dos pontos essenciais, é o estudo do público-alvo. Antes de começar a montar a sua apresentação, você precisa ter uma ideia de quem é o seu público e quais argumentos ou elementos gráficos você deve usar para realmente impacta-lo, e vender sua ideia.

Mas, eu sei, essa etapa é trabalhosa, leva tempo, e que quando uma apresentação corporativa é criada, o apresentador não consegue se dedicar tanto tempo para o seu planejamento. Saiba que, evita-la, é o primeiro passo para a criação de um material que não funciona, estragando uma oportunidade de venda.

Para nos ajudar nessa missão, trago algumas questões que o time criativo da MonkeyBusiness usa no momento de planejamento da apresentação dos nossos clientes, para termos uma primeira ideia sobre a audiência que vai assistir a apresentação, determinando assim qual é a melhor maneira de nos comunicarmos com ela.

A primeira questão sobre público-alvo que você deve responder é: “por que esse público está aqui”? Pense que ele saiu de casa e veio te assistir. O que ele busca de você e da sua apresentação? Que tipos de “respostas” ele quer que você entregue a ele?

A segunda questão é: “O que preocupa essas pessoas”? Isso porque uma apresentação de sucesso é aquela que convence o público a agir, e você só vai conseguir motivar seu público a agir se tocar nos pontos que interessam a eles. Não adianta argumentar a favor das preocupações do apresentador, isso não diz nada ao público: tem que direcionar a mensagem para as questões deles.

A terceira questão, e essa você pode deixar para o final, é: “como eu posso resolver as preocupações deles”? Esqueça o slide de “obrigado” no final da apresentação: feche seu talk com uma proposta clara de como suas habilidades podem melhorar a vida do seu público.

Faça essas considerações antes de pensar no seu conteúdo. Com essas definições em mente, selecione o que entra e o que sai nos seus slides. Se você vai apresentar para um prospect, talvez não precise contar a história do fundador da empresa, pode partir para argumentos mais diretos de vendas. Pensar dessa maneira vai te ajudar a criar apresentações mais diretas, rápidas e eficientes.

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Marco Franzolim

É sócio-diretor de comunicação da MonkeyBusiness, agência de apresentações, e professor, ministrando aulas na ESPM e cursos in company para empresas como Banco do Brasil, SEBRAE, GM, Red Bull, Via Varejo, Boehringer, Telefônica, Almap BBDO e JWT. Sua experiência no mercado inclui mais de 2500 apresentações para mais de 400 empresas, entre elas as maiores empresas do Brasil como AmBev, Visa, Natura, Danone, Nestlé, Coca-Cola, Bradesco, Globo, Nike, Santander entre diversas outras.