O rápido crescimento do tráfego em nuvem pode ser atribuído ao aumento da migração das estruturas


A infraestrutura da internet está mudando drasticamente. De acordo com o relatório Cisco Global Cloud Index para o quinquênio 2015 – 2020, o tráfego em nuvem deve passar de 3,9 zetabytes (ZB) por ano em 2015 para 14,1 ZB ao ano até o final da década, um aumento de 3,7 vezes.

De acordo com o relatório, apresentado à imprensa no início de novembro, o rápido crescimento do tráfego em nuvem pode ser atribuído ao aumento da migração das estruturas para arquiteturas em nuvem. As vantagens incluem a capacidade de os sistemas web de expandirem de maneira rápida e eficiente e de suportarem mais cargas de trabalho do que datacenters comuns.

Em decorrência da maior demanda por virtualização, os operadores de nuvem passam a ter maior capacidade de desenvolver eficiência operacional. Com isso, eles podem oferecer uma variedade ampla de serviços para empresas e consumidores, com um desempenho cada vez mais otimizado.

O relatório apresentou também novas análises da carga de trabalho das aplicações. A carga de trabalho em vídeos e redes sociais é a que mais deve aumentar, respondendo, em 2020, por 34% da carga total dos consumidores, contra 29% em 2015. Confira abaixo outros prognósticos.

• Negócios: vai crescer 2,4 vezes entre 2015 e 2020, mas sua participação global cairá de 79% para 72% no quinquênio;

• Consumidores: nesta área o crescimento será de 3,5 vezes mais rápido no mesmo período – responsável por 28% (134,3 milhões) da carga total dos datacenters versus 21% (38,6 milhões) em 2015; 

• IoT/Recursos analíticos/Banco de dados: são os que mais crescem. Até 2020, as cargas de trabalho de IoT/recursos analíticos/banco de dados serão responsáveis por 22% da carga total de trabalho das empresas contra 20% em 2015;

• Em vídeos, buscas e redes sociais: devem liderar o aumento da carga de trabalho dos consumidores. A carga de trabalho de streaming de vídeo será responsável por 34% da carga de trabalho total dos consumidores contra 29% em 2015; já a carga de trabalho das redes sociais será responsável por 24% da carga total dos consumidores; em 2015, ela respondia por 20%. Por fim, a carga de trabalho dos serviços de busca cairá de 17% em 2015 para 15% em 2020.

O relatório da Cisco mapeou também o potencial de expansão dos datacenters hyperscale – que oferecem uma arquitetura escalável para sistemas de complexidade crescente. Em 2015, eram 259 datacenters desse tipo; em 2020, esse número deverá chegar a 485. O tráfego em datacenters hyperscale também irá crescer. Até 2020 eles hospedarão 47% dos servidores instalados e deverão suportar 53% de todo o tráfego de datacenters.

"Nos seis anos desse estudo, a computação em nuvem tem avançado do padrão de tecnologia emergente para se tornar uma parte essencial, expansível e flexível da arquitetura de provedores de serviço de todos os tipos em todo o mundo”, afirma Doug Webster, vice-presidente de marketing para provedores de serviços da Cisco.

"Prevemos que essa grande migração para a nuvem e o aumento do volume de tráfego de rede gerado como consequência seguirão acontecendo em uma taxa acelerada à medida que os operadores procurarem simplificar suas infraestruturas para prestar serviços IP de maneira mais rentável tanto para empresas quanto para consumidores", pontua.

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