Ter aptidão pra vendas é mais que um dom, é prática!


Em todos esses anos trabalhando com vendas, gerenciando e treinando equipes comerciais, se tem uma certeza que eu adotei para minha vida é que ninguém nasce vendedor!  Outra certeza é que aqueles que se propõem a ser, ficam muito melhores do que os que acham que são.

Para tentar provar isso eu poderia ficar horas aqui filosofando, com frases de efeito e discursos motivacionais de botequim, mas prefiro me ater a casos reais.

Conheçam Juarez e Helma

Conheci eles quando fui supervisor comercial no Banco Matone. Eles fizeram parte da minha primeira equipe e, de verdade, era difícil acreditar que eles venderiam algo. O Juarez era um cara distraído, fã de Transformers e que no 1º dia de trabalho estava brincando com um “Optimus Prime” na sua estação de trabalho. Já a Helma era uma mulher muito reservada, séria e que falava muito bem, mas era tão tímida que dava impressão que tentava se esconder do próprio telefone.

Com o Juarez tive que ter paciência, ensinar várias vezes as mesmas coisas, sanar várias vezes as mesmas dúvidas, mas fazia com prazer por perceber o interesse e a evolução. Já a Helma eu só tive que pedir uma vez para que ela fosse mais aberta com seus clientes, que fosse mais simpática e que colocasse um sorriso na voz. Ela levou isso ao pé da letra, e um dia quando eu menos esperava a vi com um espelho em sua estação de trabalho. Quando questionei o porquê do espelho ali, ela respondeu que era para não esquecer de colocar o “Sorriso na voz”. Desde então ela literalmente sorria para falar com cada cliente.

Resumidamente o que aconteceu é que o Juarez se tornou o maior “fechador” de contratos do Banco Matone, ficava sempre em primeiro lugar na quantidade, e a Helma, ficou por vários meses seguidos em primeiro lugar de valores fechados, até que foi a primeira pessoa do Núcleo de Negócios SP a ser promovida (o que sem dúvidas me encheu de orgulho).

O que os dois tiveram em comum foi a vontade de aprender, foram humildes, se abriram para o novo, escutaram as dicas que lhe foram oferecidas e se tornaram os maiores vendedores da empresa, superando até aqueles “canastrões” que se diziam “vendedores natos”.

Eu também me tornei vendedor, ouvi conselhos, fiz cursos, prestei atenção nos melhores vendedores das empresas que trabalhei e de vez em quando ainda me pego consultando outros vendedores, observando os vendedores dos meus clientes e lendo livros como do Sandro Magaldi para aprender sempre mais.

Se você não se considera um bom vendedor, ótimo! Use essa humildade para aprender, estudar, pesquisar, mudar e praticar. Tenho certeza que em breve conseguirá se tornar o vendedor que você precisa ser.

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Antonio Pedro Porto dos Santos

Mercadólogo, especialista em práticas comerciais, empreendedor, professor, palestrante, voluntário, cicloativista, apaixonado por trabalhar com pessoas.