Na hora de administrar um negócio, uma série de fatores devem ser considerados para que ele consiga sucesso. Planejamento estratégico, organização financeira, gestão de recursos humanos – a lista é grande. Mas há um, em especial, que é fundamental para qualquer ação do negócio: entender quem é o seu público e quais são os seus interesses. Para alguns segmentos, isso é ainda mais importante porque envolve questões comportamentais que estão em constante mudança e evolução.
Neste cenário, um levantamento feito pelo Google Brandlab chamado "Dossiê Brandlab: A Nova Masculinidade e os Homens Brasileiros" se mostra muito relevante. De olho em um comportamento que tem se transformado, e somando-se a um tempo em que a igualdade de gênero cresce e ocupa cada vez mais espaços, as marcas começam a enxergar novas formas de se fazer marketing, e isso inclui uma nova abordagem para atingir o público masculino.
O dossiê argumenta que, embora o Brasil ainda encontre muitos problemas de desigualdade de gênero, há uma nova parcela de homens que está quebrando com barreiras da chamada "masculinidade tóxica". É um grupo que rompe com noções limitadoras (como as de que os homens nunca devem demonstrar sentimentos, vulnerabilidade ou qualquer tipo de comportamento tido como feminino) e se engaja, no meio digital, em debates sobre uma nova masculinidade.
De acordo com o Google, mais de 3 mil vídeos debatendo a questão da masculinidade foram publicados no Youtube só em 2018, e o público masculino foi responsável por 10 milhões de views em vídeos voltados ao tema. Com o debate, os interesses do público masculino tornam-se mais abrangentes e chegam a segmentos ainda pouco explorados: no último ano, as visualizações do público masculino em assuntos relacionados à beleza cresceram 44%. E a audiência masculina no Youtube na categoria Moda e Beleza cresceu de 21% nem 2016 para 31% em 2017.
Algumas marcas já têm percebido este novo comportamento. A campanha "Confortável é ser quem você é", da Mash, por exemplo "retrata diversos perfis de homens reais, vulneráveis, inseguros com o próprio corpo, mas extremamente humanos e possíveis, usando o humor para desconstruir o estereótipo do machão", como explica o Dossiê do Google. Já a Natura e a Philips fizeram parcerias com criadores de conteúdos voltados para o público masculino promover debates "sobre o que significa ser homem hoje em dia". Iniciativas assim devem, com o tempo, se espalhar por entre outras marcas para contemplar os novos interesses deste público.
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