Produtividade e desempenho é um conceito essencial para os negócios, principalmente na atualidade. Diante da rapidez de evolução das práticas sociais, econômicas e administrativas, a noção de fazer o máximo possível, da melhor forma, no menor tempo concebível deixa de ser um diferencial, ocupando um papel imperativo no universo do empreendedorismo, especialmente no que diz respeito à competitividade.
Nas palavras de Jairo Martins, superintendente-geral da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), uma empresa é produtiva quando está apta a gerar mais produtos ou serviços de qualidade, com menos despesas e mais rapidamente. Esse conceito, que pode ser aplicado em diferentes áreas, se refere ao ambiente da empresa, que segundo Martins deve se preocupar em ampliar cada vez mais sua oferta, aproveitando melhor recursos através de processos bem estruturados e pessoas capacitadas.
Com processos bem estruturados, é possível medir a produtividade através de indicadores, que podem variar de acordo com o tipo de negócio ou setor. Há indicadores de desempenho industrial, na construção civil, em vendas, bem como indicadores de produção (diferentes dos de produtividade).
Mas o que são indicadores de desempenho? São ferramentas para mensurar se os processos adotados para melhorar a produtividade estão funcionando. Esses mecanismos visam mostrar se a empresa está sendo realmente competitiva, de forma a verificar o aperfeiçoamento de sua forma de atuação, levando em conta o perfil e necessidades dos clientes e a operação da concorrência.
Segundo Sérgio Leonardi, colaborador do site do Sebrae, os indicadores de produtividade estão ligados à eficiência. “Estão dentro dos processos e tratam da utilização dos recursos para a geração de produtos e serviços. Medir o que se passa no interior dos processos e atividades permite identificar problemas e, consequentemente, preveni-los para que não tragam prejuízos aos clientes”, afirma.
Como estão ligados à realidade específica de cada empresa, os indicadores de desempenho ou produtividade devem ser definidos, medidos e monitorados por ela própria, e seus resultados, utilizados dentro da estrutura de ações montada para melhorar a performance competitiva da organização. “Monitorando a evolução dos indicadores e estabelecendo planos efetivos de ações, proativas e reativas, é possível alcançar resultados consistentes e que assegurem a perenidade e sustentabilidade de um negócio”, afirma Jairo Martins
Há vários aspectos que devem ser levados em conta na criação de indicadores de produtividade, como excelência operacional e inovação, por exemplo. Eles podem ser estabelecidos por processos, por área, por produtos e por pessoas, desde que não se perca a visão sistêmica da organização. O ideal, porém, é que a empresa tenha indicadores corporativos, por departamento, setoriais e individuais. Assim, dentro desses indicadores gerais, é possível estabelecer os específicos, tendo sempre em mente que o objetivo geral é medir quanto se produz com alta qualidade, usando menos recursos e no menor tempo possível.
Numa empresa de operação logística, por exemplo, alguns exemplos de indicadores de produtividade seriam: eficiência na primeira entrega, eficiência em todas as entregas, eficiência na descarga. Esses indicadores não servirão para absolutamente todo tipo de empresa, mas os princípios utilizados na sua elaboração podem ser aplicados em outros modelos de negócios.
Listamos abaixo cinco indicadores gerais que podem ser aplicados em qualquer empresa:
1. Exelência Operacional
Criar indicadores que analisem a eficiência de todos os processos utilizados, buscando encontrar erros ou espaços para melhoria.
2. Inovação
Desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos que melhorem a performance do negócio como um todo.
3. Qualidade
Aqui se encaixariam indicadores ligados à satisfação e necessidades do cliente, bem como sua percepção quanto ao que é oferecido pela empresa.
4. Flexibilidade
Indicadores desse fator analisam a capacidade de adaptação da empresa em relação a mudanças tecnológicas, bem como com relação aos clientes e ao mercado.
5. Pessoas
Criar indicadores para medir níveis de produtividade individual, buscando identificar, desenvolver e manter funcionários mais hábeis e produtivos.