Entenda o conceito e como ele pode ser aplicado


Quando o assunto é a abertura de uma startup, uma das ferramentas de gerenciamento estratégico que vem ganhando cada vez mais adeptos é o business model canvas. Trata-se de um mapa visual que possuiu vários elementos pré-formatados para ajudar a organizar as informações iniciais de um negócio, mapear os processos necessários a cada área e ter uma visão do todo, seja para si mesmo ou para embalar e vender parte do negócio para um investidor.

O Canvas busca uma visão mais macro, guiando o empreendedor para identificar quais são suas hipóteses mais questionáveis e capturar as complexidades de como transformar o empreendimento em algo rentável. Possibilita divergir e convergir opiniões, gerando indicadores fortes para a inovação estratégica. O Canvas é uma ferramenta menos formal que o plano de negócios ou modelo de negócios, pode ser utilizada com mais frequência no dia a dia e não se propõe a tratar em detalhes de cada etapa da empresa.

De acordo com Dario César Ruschel, consutor da Venti – Inteligência em Projetos, a metodologia visa descrever uma lógica de como as organizações podem criar, distribuir e capturar valor. “A proposta principal é agregar de forma prática, colaborativa, construtivista e muito mais dinâmica na hora de modelar e desenvolver negócios. A ideia não é substituir o plano tradicional, mas, sim, dar mais uma alternativa”, defende.

Para Sabrina Brito, diretora comercial e especialista em marketing digital da Simples Comunicação Digital, o principal benefício é a praticidade com que o empreendedor pode elaborar a estrutura de um negócio. “Sua principal serventia é para a startup não começar no escuro ou ignorando alguma parte do processo que pode ser importante para o todo, mas por inexperiência o empreendedor não mapeou”, indica.

O business model canvas foi proposto pelo estudioso Alexander Osterwalder, que dividiu uma tela com os nove principais componente para elaboração de um modelo de negócio: Segmentos de Clientes, Proposições de Valor, Canais, Relacionamento com Clientes, Fontes de Receita, Recursos-Chave, Atividades-Chave, Parcerias-Chave e Estrutura de Custos.

Definição de cada componente do Canvas

1)      Segmentos de Clientes: “Para quem estamos criando valor?” É preciso identificar as pessoas ou organizações ou segmento que a startup pretende atender.

2)      Propostas de Valor: “Que valor entregamos a nossos clientes?” Representam os produtos e serviços que geram valor para os públicos, ou seja, os benefícios oferecidos pela empresa.

3)      Canais: “Como alcançamos e queremos alcançar nossos clientes?” Descrever os caminhos pelos quais a empresa comunica e entrega valor ao cliente.

4)      Relacionamentos com Clientes: “Que tipo de relacionamento esperamos ter com nossos clientes?” Mais do que se comunicar, a ideia é identificar os tipos de relacionamento que a empresa estabelece com os seus clientes e potenciais clientes.

5)      Modelo de Receitas: “Qual valor os clientes estão dispostos a pagar?” Mede o quanto e como o cliente está disposto a pagar. São as possibilidades de geração de lucro do negócio.

6)      Principais Recursos: “Quais os principais recursos que nossa proposta de valor requer?” São os ativos necessários para o modelo de negócio funcionar, como ativos físicos, intelectuais, recursos humanos, recursos financeiros, entre outros.

7)      Principais Atividades: “Quais as principais atividades requeridas por nossa proposta de valor?” Os fatores mais importantes para a empresa fazer de forma constante para que o projeto funcione.

8)      Alianças: “Quem são nossos principais parceiros?” Pessoas essenciais como rede de fornecedores e parceiros para viabilizar o funcionamento do negócio.

9)      Estrutura de custos: “Quais são nossos principais drivers de custo?” Indicar os custos para a operação do negócio, como custos fixos, variáveis, com a equipe, comissões, entre outros.

Dicas para preencher o Canvas

– Sugere-se preencher o Canvas da direita para a esquerda. Na direita, estão os elementos mais emocionais, como os anseios e desejos. Na esquerda, os elementos mais estruturais e lógicos.

– Recomenda-se a utilização de cores diferentes no preenchimento do modelo. No entanto, mantendo sempre a mesma cor por cliente em todo o Canvas. Essa consistência de cores é importante nas categorias para facilitar a conexão de cada cliente entre os tópicos da planilha.

– Utilize dados em forma de números em alguns quadrantes. Isso ajuda a reforçar o ponto de vista e dar mais representatividade a alguma questão.

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