Gerir pessoas de diferentes gerações é um grande desafio para os líderes das empresas


Eu acredito que para a maior parte dos líderes – sejam eles empreendedores ou executivos – gerir pessoas é um de seus maiores desafios. Se falarmos então em gerir pessoas de diferentes gerações, pronto. Temos assunto para reuniões, palestras e, porque não dizer, muitos posts aqui no Meu Sucesso.

 As chamadas gerações “baby boomers” e “x” costumam enxergar o jovem de hoje (o “y”) como apressado e pouco apegado. Os “Y” acham os “boomers” e os “x” apegados demais e pouco flexíveis. Guardadas as devidas proporções e deixando de lado qualquer julgamento, ambas as partes têm lá seus argumentos para terem chegado a essas classificações. 

Independente de um ser mais isto ou aquilo, o fato é que graças ao avanço do mercado de trabalho e à crescente e ululante demanda por profissionais qualificados, há cada vez menos espaço para segregações. Profissionais competentes, comprometidos com o resultado e com alta capacidade de adaptação terão espaço, pouco importando o número de seu RG. 

Então como lidar com tantas diferenças?
Posso contar um segredo para vocês? Essas diferenças…não são tão grandes quanto imaginamos. E falo isso com base em duas pesquisas que o Grupo DMRH desenvolveu no 1º quadrimestre desse ano. Uma, a Empresa dos Sonhos dos Executivos, está na terceira edição e foi respondida por mais de 4 mil executivos (gerentes seniores, diretores, VPs, presidentes e empreendedores). A outra, a Empresa dos Sonhos dos Jovens, realizada há 13 anos, foi respondida por mais de 50 mil brasileiros entre 17 e 26 anos. Ao cruzarmos as respostas de um público e de outro, olha só o que pudemos perceber:  

No ranking dos 10 líderes mundiais mais admirados, temos 3 nomes que coincidem nas escolhas de jovens e executivos:

o    Jorge Paulo Lemann, Bill Gates e Papa Francisco;
•    Para ambos, um bom líder deve ter: 

o    Iniciativa, coerência entre discurso e prática, atenção à gestão de pessoas, saber motivar e engajar, saber trabalhar em equipe;
•    No ranking das 10 empresas em que sonham trabalhar, 6 se repetem em ambos: 

o    Google, Petrobras, Nestlé, Odebrecht, Apple e Vale;
•    Quando questionamos os motivos pelos quais essas empresas são admiradas, as respostas também se assemelham:

o    Possibilidade de crescer/desenvolver, possibilidade de inovar, boa imagem no mercado;

Bem, não vou cansá-los com todas as comparações em um único post. Vou disponibilizar (no final do texto) as pesquisas na íntegra, caso queiram conferir posteriormente. O que eu queria mesmo era demonstrar – com dados recentes – que apesar de tantas diferenças entre esses dois públicos, há várias semelhanças também. 

Em 2020, a tão falada geração “y” representará 50% da força de trabalho. Para darmos conta dos outros 50%, as organizações terão de reter também os talentos seniores. Somente assim conseguirão atender/compor sua demanda por profissionais qualificados.  Não há remédio. Para sobrevivermos a esses novos tempos, é preciso encarar as diferenças e abraçar as semelhanças. De perto, elas são bem melhores. Podem acreditar.

Empresa dos Sonhos dos Executivos 2014:  http://www.dmrh.com.br/ese/
Empresa dos Sonhos dos Jovens 2014: http://www.ciadetalentos.com.br/esj/

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Sofia Esteves

Fundadora e presidente do Conselho do Grupo DMRH, compartilha neste espaço o que há de mais novo em carreira e gestão de pessoas. Ideias, reflexões e tendências para impulsionar o desenvolvimento pessoal dos empreendedores e de sua equipe.