As constantes mudanças do mundo corporativo, as variáveis e incertezas que o mercado sofre, a mutação quase frenética de tendências tecnológicas e o acentuado grau de concorrência nos mais diferentes setores. As preocupações para as empresas que desejam alavancar seu potencial e ter sucesso em sua área de atuação são grandes e constantes.
Nesse contexto, o cuidado com a gestão empresarial de uma organização torna-se um fator decisivo para qualquer negócio. Ela busca traçar e realizar objetivos e metas, usando os recursos disponíveis de forma eficiente.
Para Adelmo de Oliveira, sócio-diretor da Moore Stephens Auditores e Consultores, empresa especializada em gestão empresarial, o termo consiste na consolidação de ações internas e externas para a condução e desenvolvimento de cada organização.
“É a aplicação de políticas internas, ações e estratégias necessárias ao bom funcionamento dos departamentos de uma empresa, com o objetivo de agregar riqueza aos acionistas e colaboradores, conduzir com harmonia a atividade empresarial, demonstrar e transparecer os objetivos sociais da organização, entre outros fatores importantes para a continuidade do negócio”, indica.
Antônio Carlos Morim, Coordenador da Pós-Graduação em Gestão Empresarial e Marketing da ESPM/Rio, destaca que uma gestão empresarial bem construída é importante para empresas que estão começando e também para aquelas que buscam expansão. “Existe uma frase célebre muito citada que diz: ‘O que você não mede, você não controla’. Expandir, crescer, provoca ‘dores’ quando o modelo de negócio não prima com uma gestão eficaz que fomente um crescimento ordenado, priorizando as práticas que o garantam”, destaca.
Assim, os funcionários devem ser parte integrante da implantação de qualquer modelo de gestão, principalmente aqueles em cargos de diretoria e gerência. “Em uma linha de alto escalão para baixo, quando os superiores aderem e abraçam o modelo de gestão, podendo de certa forma participar dos ajustes que se fizerem necessários para a pronta aplicabilidade, torna-se de forma eficaz o entendimento de todos os funcionários”, adverte Adelmo de Oliveira.
Hoje, a economia globalizada tem exigido muita transparência na administração e divulgação das atividades das sociedades. Órgãos normatizadores como, por exemplo, Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entre outros, têm exigido essa transparência administrativa e até mesmo divulgação do chamado “Balanço Social” das principais entidades no Brasil.
Construção de um modelo de gestão empresarial
A gestão empresarial é um conceito que compreende planejamento, organização, recursos humanos, liderança, direção e controle do negócio em geral. A construção de um modelo de gestão deve ser constituída a partir dos princípios e das atividades de cada organização e deve conter: formas de planejamento e organização, gestão de pessoas, gestão de processos, tecnologia e insumos; e formas de acompanhamento e controle de resultados.
Antônio Carlos Morim destaca que há modelos prontos e disponíveis ou existe a possibilidade de se elaborar um projeto desde o zero. “Os principais ganhos de um modelo já pronto são relacionados às experiências passadas de erros e acertos que podem acelerar uma implantação. Porém, de certa forma, podem ser limitadores pois por serem pelo menos em parte pré-formatados inibem por exemplo a criatividade e, por vezes, limitam outras formas mais liberais de gestão da comunicação”, indica.
O mercado oferece também diversos cursos de Gestão Empresarial para que o empreendedor tenha uma visão geral dos influenciadores do negócio podendo, assim, intervir da melhor forma neles. Independente da forma escolhida para desenvolver a gestão empresarial, o importante é identificar que a contextualização de uma empresa em seu segmento tem relação direta com a análise dos fatores externos e internos que o influenciam.
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