O sexto sentido de um executivo experiente pode valer mais a pena do que algumas pesquisas


À primeira vista, falar em intuição não parece muito objetivo, quando se trata de negócios. Empreender, embora não seja uma ciência exata, costuma ser visto como uma atividade objetiva, sem margem para subjetividades, achismos, sextos sentidos. Desconsiderar aquela voz que, lá no fundo, diz para você fazer isso ou aquilo na hora de tomar uma decisão importante pode ser a escolha mais equivocada. 

Seguir a intuição não tem nada de sobrenatural e, na prática, tem muito mais a ver com a experiência de cada tomador de decisões. Nesse sentido, ir na direção apontada por uma pessoa inexperiente e sem conhecimento profundo sobre o assunto em questão não faz sentido. Mas o sexto sentido de um executivo experiente, um empreendedor de longa data, um profissional que está há anos naquela área, tudo isso pode valer mais a pena do que algumas pesquisas.

Analisando bem, você verá que o famoso "feeling" foi decisivo para o sucesso de vários grandes empreendedores, como Mark Zuckerberg (Facebook), Akio Morita (Sony), Ray Kroc (McDonald's) e Steve Jobs (Apple).

Quando a certeza é falha

É comum, no dia a dia das empresas, adotarmos várias medidas com o fim de diminuirmos incertezas na tomada de decisões. Para uma empresa dar um passo à frente ou seguir um caminho que foge do seu foco atual, existem incontáveis análises, projeções de cenário e pesquisas de mercado que apontam qual será a direção mais coerente a seguir. Mas é, muitas vezes, a intuição que dá as cartas.

Em muitos casos, inclusive, os dados são completamente falhos e a falta de feeling pode comprometer os resultados. Um caso clássico é o da New Coke, versão da Coca-Cola com a fórmula alterada que foi o maior fracasso da companhia. No final dos anos 1980, uma pesquisa junto a consumidores mostrou que o público preferia o novo sabor. 

A empresa, então, tirou de circulação sua fórmula tradicional, que estava havia 99 anos no mercado, e substituiu pela nova. O resultado foi tão desastroso que em menos de três meses a estratégia foi revista e a "velha" Coca foi relançada. Toda a objetividade dos dados fez com que a intuição de que o público levava em conta muito mais que o sabor na hora de comprar o refrigerante fosse levada em conta.

A mente analítica e a mente intuitiva

O segredo para decisões acertadas pode estar em aliar, na dose certa, as duas maneiras de enxergar a situação: a analítica e a intuitiva. Eugene Sadler-Smith, um dos principais estudiosos na área e autor do livro Mente intuitiva, afirma o seguinte: “A mente analítica nos permite avaliar e resolver problemas. São os processos de educação e capacitação que trabalham basicamente com dados objetivos. Já a mente intuitiva funciona como um avançado programa de simulação que orienta na hora de decidirmos o que deve ou não ser feito, em quem devemos ou não confiar, e como tomar decisões importantes”.

E você: costuma levar a intuição em conta na hora de tomar decisões? Deixe seu comentário.

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