Existem momentos em que o empreendedor é obrigado a se afastar da sua mais importante tarefa, que é acompanhar o andamento da empresa presencialmente. Os motivos para que isso aconteça podem ser os mais variados possíveis: compromissos pessoais, problemas de saúde, necessidade de focar em outra frente do negócio ou na criação de outro etc. Seja qual for a ocasião, uma questão é certa: a equipe precisa estar preparada e bem treinada para manter a organização funcionando durante a ausência do líder.
Para exemplificar, podemos resgatar o caso de Carlos Wizard Martins, estudado pelo meuSucesso.com. Durante os anos de 2003 e 2004, ele precisou cumprir uma missão religiosa pela Igreja Mórmon em João Pessoa, na Paraíba. No período, sua rede de escolas de inglês passou por dificuldades e ele tinha apenas três opções: abandonar o compromisso que havia assumido e voltar para salvar a companhia, assistir de longe a derrocada de tudo que construiu ou encontrar uma solução para que a empresa se reerguesse sem sua presença. E foi essa última opção que ele escolheu.
A ideia foi trazer os dois filhos de volta dos Estados Unidos para que eles pudessem cuidar do negócio. Por causa desse momento, os filhos conheceram melhor a companhia e foram capazes de estruturá-la de uma forma que ela se tornou um dos maiores grupos de educação do país.
Esse dilema que Carlos Wizard viveu é comum entre empreendedores. Como criar uma cultura na companhia que seja capaz de ser sustentável, mesmo que não exista a figura presente do líder? É preciso, inicialmente, repensar o conceito da autonomia dada à equipe. O gestor deve instituir, antes de tudo, processos que promovam independência e responsabilidade na toma de decisões, para que todos possam realizar suas funções da maneira mais ágil possível, mas sem que haja um descontrole e todos saiam simplesmente fazendo o que lhes vem à cabeça, desconsiderando a visão e a missão da organização.
É importante que, nesse contexto, exista uma figura treinada pelo líder para assumir o comando em momentos de ausência. Isso exige um treinamento e que sejam delegadas funções de liderança a essa pessoa.
Outra questão importante é o tipo de imagem que o empreendedor transmite para a equipe como um todo. O líder deve inspirar respeito pelo trabalho e não pelo medo. Assim, os colaboradores manterão o ritmo de trabalho, produção e metas mesmo durante seu período de ausência. Quando os profissionais enxergam na ausência do dono do negócio um momento de alívio e trabalham apenas para cumprir o horário, significa que há algo de errado com a relação corporativa.
Quando as pessoas sentem que estão fazendo um trabalho significativo, elas sentem necessidade de manter o negócio vivo. A equipe precisa sentir que aquele negócio é importante também para o crescimento dela. Se o líder não investe nessa filosofia, a segurança do negócio estará sempre ligada à sua presença e constante fiscalização. Isso não é nada bom, por que empreendedores precisarão, em algum momento, se afastar. Nessa hora, ele precisará de todo apoio da equipe.
Você está pronto para se afastar do seu negócio? Ou, no caso de quem trabalha para alguma organização, está apto a trabalhar com independência?
O episódio 5 do estudo de caso de Carlos Wizard traz uma boa visão sobre esse tipo de cenário. O conteúdo está disponível na segunda-feira (21).
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