O plano de negócios tem como objetivo nortear as ações do empreendedor e é a base para iniciar um novo negócio com mais segurança e confiança. Confira neste artigo os 10 elementos essenciais que fazem parte do plano de negócios.


Abrir um novo negócio é uma tarefa que pode gerar muitas dúvidas para quem está  iniciando, por isso desenhar um plano estratégico será um diferencial. Neste artigo, você vai conferir 10 elementos sugeridos que contemplam o planejamento de um novo negócio para obter maior segurança. 

Traçar cada passo ajuda a minimizar possíveis erros e prever dificuldades, possibilitando que você se estruture e tenha uma base sólida para enfrentar qualquer desafio. Segundo um estudo da IBGE, divulgado em 2019, seis em cada dez empresas abertas em 2012 encerraram suas atividades em cinco anos. Muitas falências poderiam ter sido evitadas se um bom planejamento e medidas preventivas tivessem sido pensadas.

Antes de escrever seu plano, é fundamental você ter clareza da sua ideia, questionar o quanto tem afinidade com a proposta. Para este processo se conhecer é ponto chave, pois dessa forma você já elenca seus pontos fortes e em quais temas você precisará recorrer de ajuda ou buscar especialização técnica.

Diversos fatores justificam um negócio bem sucedido, mas o planejamento evita muita dor de cabeça ao longo do caminho. A seguir, listamos 10 passos principais, confira!

1. Buscar informações

Procure reunir o máximo de informações sobre sua ideia. Pesquise, pesquise e pesquise! Em seguida, questione: para quem o seu produto ou serviço é direcionado? Qual solução ele traz para quais problemas? Seu negócio já existe no mercado? Quais são seus diferenciais? 

É preciso levantar todas as vantagens e desvantagens do seu novo negócio para seguir o segundo passo: análises mais completas e apuradas, conforme os próximos tópicos.

2. Faça análise do mercado

Entender em qual cenário mercadológico sua empresa se insere é crucial para identificar os pontos fortes e fracos, as ameaças e as oportunidades que envolvem seu negócio. Por isso, faça análise de mercado buscando conhecer o perfil do seu público-alvo, converse com seus possíveis clientes, descubra suas dores e necessidades, depois faça o mesmo com os fornecedores. É importante também estudar o cenário global, ou seja, como anda a economia, quais são as tendências mundiais e locais, e como é sua concorrência direta ou indireta. Pesquisar como é a área em que pretende atuar lhe trará a visão correta sobre a expansão ou saturação do mercado, a existência de demanda suficiente e o quanto seria rentável seu produto ou serviço.

3. Análise dos concorrentes

Muitas vezes atrelada à análise de mercado, a análise competitiva busca entender os pontos fortes e fracos dos seus concorrentes e como eles podem afetar seu negócio. Vale ressaltar que existem dois tipos de concorrentes: o direto e o indireto. O primeiro, é aquele que oferece produtos ou serviços iguais aos seus e para o mesmo nicho de mercado; já o indireto busca atingir o mesmo público-alvo com outro tipo de produtos/serviços. 

Para esta análise você precisa observar as semelhanças com seu negócio, os preços que empregam, facilidades, a forma de divulgação e comunicação, e os locais onde estão presentes.

4. Análise do contexto

Essa etapa tem como objetivo examinar o macroambiente, ou seja, as variáveis que influenciam sua empresa e não podem ser controladas por você.  Essas variáveis fazem parte de 6 grandes ambientes: econômico, sociocultural, tecnológico, demográfico, político-legal e natural. Por exemplo, um negócio que dependa de uma produção agrícola, ele precisa verificar a questão do meio ambiente, clima, período de colheita, produção, se há incentivos fiscais, como é a mão de obra necessária, e tantas outras.

5. Descrição do negócio

Agora que você já fez as análises preliminares e ajustou o que era necessário, é hora de iniciar o processo de desenhar a estrutura e o funcionamento da empresa, qual seu papel na cadeia de geração de valor para o mercado. As principais informações são: 

  • Missão, visão e valores;
  • Histórico da empresa (quando, como e por que ela surgiu);
  • Descrição da equipe e do organograma;
  • Dados operacionais;
  • Relação de fornecedores;
  • Despesas fixas e variáveis;
  • Investimento em capital de giro e capital fixo;
  • Estimativa de faturamento.

6. Metas e objetivos

É nesse momento que você precisa saber onde deseja chegar antes de iniciar os trabalhos. Definir metas e objetivos claros fazem toda a diferença após as etapas anteriores, mas você sabe a diferença entre esses dois fatores? 

Os objetivos são a descrição de onde se quer chegar ou o que se quer alcançar. No ambiente corporativo, por exemplo, ampliar a imagem da empresa no mercado pode ser o objetivo. As metas andam junto com os objetivos, visto que elas são as tarefas específicas para atingi-los e possuem prazos definidos. 

Por isso, defina primeiro seu objetivo: o que você deseja alcançar e em seguida defina as metas que te ajudará a atingir seu objetivo.

7. Plano de comunicação e marketing

Para construir e manter a imagem da marca, é imprescindível definir seu plano de comunicação. O ponto chave aqui é “com quem você está falando”, determinar qual seu público alvo, a partir disso você estabelecerá todas as demais etapas como: conceito da marca, linguagem, design dos produtos, identidade visual, canais de comunicação. Esta é uma etapa muito importante, pois aqui você criará as personas de seu negócio e poderá direcionar ações de marketing mais efetivas e estratégicas.

8. Plano de operações e gerenciamento

Neste momento é feita a descrição:
– dos aspectos logísticos da organização – como será sua produção e distribuição?
– das operações necessárias para alcançar metas e objetivos – quais os melhores processos para otimizar as atividades?
– das responsabilidades de cada equipe e suas tarefas – quantas pessoas e times e o que cada um será responsável?
Fazer este levantamento proporciona um entendimento maior de quanto de recursos operacionais e humanos serão necessários ao seu empreendimento.

9. Fatores financeiros

Agora é o momento de colocar todos os detalhes e possíveis despesas na ponta do lápis! Liste todos os recursos necessários para que a empresa funcione, como salários, contas fixas (água, luz, internet e impostos), verbas para cada departamento ou atividade (quanto pretende despender com marketing, divulgação, insumos, fornecedores, etc). Além disso, nessa etapa também é importante relacionar quais ferramentas, instrumentos ou softwares as equipes necessitam. 

Certifique-se que, ao especificar um valor para cada meta, esteja incluída uma breve descrição que justifique a quantidade de capital direcionada. Algo importante nesta etapa é estabelecer uma possível reserva para emergências e ter em mente que os retornos financeiros de um negócio podem variar e, em alguns casos, demorar um pouco. Estabelecendo este planejamento financeiro, as chances de atrair investidores aumentam.

Finance and financial performance concept illustration

10. Definição de métricas

Por fim, após a definição de todas as ações estratégicas, é necessário definir métricas que irão avaliar se os objetivos foram atingidos ou não. Isso reflete diretamente no sucesso ou fracasso da empresa. Você pode escolher métricas que sejam medidas em números – como ROI, Ticket Médio e Custo de Aquisição de Clientes (CAC) – ou, também, com pesquisas qualitativas.

Começar um novo negócio não é simples. É preciso muita pesquisa, planejamento e força de vontade para apostar em abrir uma empresa. Além disso, também é preciso se preocupar com a gestão do negócio. E mesmo que você não disponha de muitos recursos ou conhecimento, é possível ser um empreendedor de sucesso.

Ao iniciar sua jornada empreendedora busque referências, converse com pessoas e estude casos de sucesso. Observar o que outros empreendedores fizeram e aprender com seus acertos e erros é algo acessível e pode ajudar a direcionar seu negócio desde o planejamento.  Veja o exemplo a seguir:

Evaristo Lira Barauna, empreendedor de espírito inquieto e apaixonado pela busca de conhecimento, começou sua trajetória no mundo dos negócios em 1981, com pouco entendimento sobre empreendedorismo, mas ao longo dos anos transformou o cenário mercadológico brasileiro. Passou por diversas dificuldades e por diversas crises, como: a crise da ferrugem asiática, falta de capital financeiro, entre tantos outros desafios. Hoje, conta com uma grande experiência e conhecimento dos elementos essenciais para criar um novo negócio, e o Grupo Cereal é uma das principais companhias do agronegócio do Brasil

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