Entenda o termo e saiba como surgiu essa corrente


Em 1963, o americano Bill Drayton, com apenas 20 anos e então estudante de Harvard, dirigiu de Munique até a Índia para encontrar o indiano Vinoba Bhave, um homem que andava pelo país persuadindo pessoas a "doarem" legalmente suas terras para ele. Bhave então distribuía igualmente a terra entre as classes sociais menos favorecidas. Atualmente, 7 milhões de hectares já foram pacificamente distribuídos, tudo por causa da iniciativa de um único indivíduo. Foi aí que nasceu o primeiro conceito de empreendedorismo social.

Drayton, hoje CEO da Ashoka, uma organização mundial sem fins lucrativos que atua no campo da inovação social, trabalho e apoio aos empreendedores sociais, chamou essa mudança de empreendedorismo social, onde não há nenhuma intenção primária de lucrar financeiramente, mas em que os empreendedores estão, com suas ações, em busca de um retorno para a sociedade. Diferentemente das organizações não-governamentais (ONGs), as empresas sociais utilizam métodos de mercado para causar mudanças, debater e procurar soluções para problemas, geralmente negligenciados, da sociedade.

Quando pesquisamos sobre o assunto, surgem nomes como o da inglesa Florence Nightingale, fundadora da primeira escola de enfermagem na Segunda Guerra Mundial, e de Michael Young, fundador da "School for Social Entrepreneurs" (SSE), que contribuiu diretamente para a legitimação do campo.

Podemos encontrar também grandes exemplos de empreendedorismo social no Brasil, como é o caso de Eduardo Lyra, um jovem que saiu com apenas uma mochila nas costas em busca de outros jovens que, dentro de suas áreas de atuação, estivessem desenvolvendo projetos para, de alguma forma, ajudar no processo de mudança do mundo.

O projeto Jovens Falcões surgiu, como Eduardo cita em entrevista ao Geração de Valor, da vontade de provar ao mundo que o pensamento de que a juventude não está criando coisas interessantes é falso. "Eu nunca acreditei nisso e sempre tive em mente que o jovem é seguramente o grande potencial do mundo e pode ser aquilo que ele quiser", diz Lyra. 

As ações do empreendedor social vão além da lógica protecionista e paternalista para com os projetos que ele incentiva. Elas têm como objetivo capacitar e promover a autonomia individual das pessoas por trás de cada ideia, instigando os autores das iniciativas a assumirem um papel ativo na mudança que desejam ver. 

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