O ensino de programação básica nas escolas pode ser um diferencial no futuro


Saber falar inglês há alguns anos atrás era um super diferencial. E hoje? Não vejo mais do que um requisito. Acredito que isso também vai acontecer com a programação. Hoje, com as novas tecnologias, programação virou o inglês de 10 anos atrás. É só uma outra linguagem que começa a ganhar destaque. Educadores, engenheiros, eu e o mundo defendemos a inserção do ensino da programação nas escolas.

Mesmo se você nunca quiser se tornar um profissional de TI, aprender a pensar dessa maneira vai te ajudar muito. Pensar de maneira mais lógica e objetiva, e aprender a lidar também com grandes problemas (dividir em uma sequência de problemas menores, mais gerenciáveis é o lema da programação), resolvendo até os problemas complexos de uma forma mais eficiente e escalável.

O ensino da programação nas escolas é fundamental para que as crianças e jovens desenvolvam sua criatividade e sua capacidade de lidar com problemas. Isso está claro e toda uma comunidade está se mobilizando para fazer isso acontecer no maior número de escolas e comunidades (incluo-me nessa comunidade). Programação é definitivamente um estímulo para buscar novos saberes, novos horizontes.

Em outras palavras, saber programar é como ter super poderes. Possibilita que aquela simples ideia se torne realidade em um curto espaço de tempo e a custo zero praticamente. Simples assim.

Se isso já é uma realidade, imagina quando a próxima geração tiver minha idade? Acredito que em 20 e poucos anos, saber programar vai ser tão importante e comum quanto saber ler e escrever, fará parte do nosso cotidiano. E temos que começar a preparar os pequenos para esse futuro que está bem próximo.

Pensando nisso, vou falar de duas iniciativas/ferramentas que podem ajudar vocês a incentivar a nova geração e até mesmo aprender vocês mesmos:

Code.org

É um projeto que tem como objetivo introduzir as pessoas no mundo da programação. Eles acreditam que a informática deve fazer parte do currículo na educação junto à outras disciplinas já ensinadas hoje como matemática, física, português, etc. Na plataforma que desenvolveram você aprende a programar em blocos e de maneira super simples. Basta você arrastar o bloco com a ação que seu personagem deve fazer e mandar executar seu programa. Existem vários modos e níveis que vão ficando cada vez mais complicados a medida que você evolui.

Ruby Warrior

É muito parecido com o Code.org, a diferença é que te ensina a programar em Ruby. É mais recomendado para quem já conhece alguma linguagem ou já pegou a lógica de programação no Code.org. Basicamente você cria um guerreiro e faz com que ele interaja com o jogo programando. É muito divertido e vai ficando bem complexo à medida que você avança os níveis.

Maratona de Aplicativos 

A competição consiste no desenvolvimento de aplicativos para celulares ou tablets Android, que impactem positivamente a educação no Brasil, utilizando a plataforma App Inventor 2, criada pelo Google em parceria com o MIT. Para apoiar a competição, a FIAP criou materiais de estudo que auxiliam o jovem a idealizar, desenvolver e testar o aplicativo e, depois, cadastrá-lo na loja Google Play. As videoaulas estão disponíveis gratuitamente no site da empresa.

Os finalistas conheceram o escritório do Google, onde foi realizada a premiação. Cada vencedor levou para casa, como prêmio, um curso FIAP Shift um smartphone Nexus 5, um  Chromebook, um Chromecast e uma visita ao Maker Lab da FIAP. Para ver todo o currículo desenvolvido para a iniciativa acesse

Espero que tenham curtido o post de hoje e incentivem nosso baixinhos e baixinhas a programar. Eles irão te agradecer lá na frente e pode apostar que nos também vamos agradecer muito essa nova geração empoderada pela tecnologia.

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Camila Achutti

Camila Achutti tem 22 anos é Engenheira de Software da Iridescent, ONG americana de ensino e formação científica e tecnológica e Influenciadora digital na FIAP, onde esta liderando a Maratona de Aplicativos 2014 em parceria com o Google Brasil. Fundadora do blog Mulheres na Computação, Embaixadora do Technovation Challenge Brasil e Fellow do Brazil Innovators. É formada em Ciência da Computação pelo IME-USP e também mestranda pela mesma instituição, estagiou no Google em Mountain View e decidiu voltar para o Brasil fazer o que ama: mostrar o poder de transformação da tecnologia e empreendedorismo!