Empreendedorismo feminino: Aprenda com mulheres que se tornaram referência nas áreas em que atuam e são protagonistas de suas histórias de sucesso.


Quando falamos de empreendedorismo feminino, não podemos deixar de mencionar que o número de mulheres empreendendo no Brasil tem sido crescente, especialmente após a pandemia de Covid-19. Segundo o Sebrae, muitas mulheres empreendedoras tiveram que deixar suas atividades formalmente, inclusive aquelas com um negócio sólido, para se dedicar à família ou porque as medidas de isolamento impediram que pudessem continuar. Como consequência, apenas 3 de cada 10 pessoas que possuem empreendimentos já estáveis são mulheres. O lado positivo, apesar da baixa qualificação, é que 5 de cada 10 novos empreendedores são mulheres.

A seguir, você confere 9 histórias de sucesso de empreendedoras que, com certeza, vão te motivar na construção do seu negócio próprio. São elas: Cris Arcangeli (Beauty’in e Phytoervas), Camila Farani (G2 Capital), Sandra Costa e Janete Vaz (Laboratórios Sabin), Sofia Esteves (DMRH / Cia de Talentos), Carla Sarni (Sorridents), Ana Amélia Filizola (Gazeta do Povo), Adriana Barbosa (Feira Preta e PretaHUB) e Renata Vichi (Grupo CRM / Kopenhagen). Tenha uma boa e inspiradora leitura!            

Cris Arcangeli | Phytoervas e Beauty’in

Cris Arcangeli é, atualmente, CEO da empresa de cosméticos Beauty’in e sócia do fundo de investimento Phoenix. Ela também é conhecida por ter sido a organizadora dos primeiros grandes eventos de moda realizados no Brasil. Ao longo de sua carreira, ela tornou-se uma empreendedora serial, tendo participação na criação de cinco empresas.

Formada em odontologia, Cris pouco atuou na área. Por experiências pessoais, ela decidiu empreender no ramo de cosméticos. Seu primeiro negócio foi a Phytoervas, empresa criada na década de 80 que ela geriu até 1998.

Ao longo dos anos 90, Arcangeli se tornou uma figura importante no crescimento do setor da moda no país. A partir de 2016, a multiempreendedora e investidora foi uma das participantes do famoso programa de TV Shark Tank. 

Camila Farani | G2 Capital

Camila Farani é uma investidora brasileira, considerada uma das maiores investidoras-anjo do Brasil, conhecida por ser cofundadora da G2 Capital, empresa que foca seus investimentos a empresas ligadas ao campo de tecnologia e inovação.

Além disso, Camila é integrante do reality show Shark Tank Brasil, programa televisivo que busca encontrar novos empreendedores com ideias inovadoras.

Formada em Direito, Camila tem especialização em diversas áreas ligadas aos negócios, usando esse conhecimento nas suas decisões de investimentos.

Ainda muito jovem, ela se dedicou ao empreendedorismo, principalmente ao auxiliar sua mãe em um negócio da família. Desde então, participou de diversos negócios, tanto como fundadora quanto como investidora.

Camila também se caracteriza por incentivar o empreendedorismo feminino, sendo cofundadora, em 2014, do grupo Mulheres Investidoras Anjo (MIA), local de fomentação para área. 

Sandra Costa e Janete Vaz | Laboratórios Sabin

As bioquímicas Janete Vaz e Sandra Costa são dois dos grandes nomes do empreendedorismo feminino e brasileiro. As empresárias trabalharam juntas por anos e decidiram montar um negócio próprio. O problema é que a época era diferente e as mulheres tinham pouca ou nenhuma força no mercado de laboratórios, completamente dominado por homens, médicos e com forte influência no setor. 

Contudo, esse obstáculo não foi capaz de parar a força de vontade de Sandra e Janete.

Com muito investimento em controle de qualidade, pesquisa clínica, tecnologia e inovação, as duas conseguiram se destacar no mercado. Elas foram algumas das pioneiras a oferecer resultados online e sempre se informavam sobre os feedbacks dos clientes pessoalmente. De início eram apenas 3 funcionários. Hoje, já são mais de 2000, com atuação em seis estados e no Distrito Federal, através de 130 unidades e cerca de nove mil atendimentos por dia.

Recentemente a empresa foi eleita um dos melhores lugares para se trabalhar no país, de acordo com a revista Você S/A. 

Sofia Esteves | DMRH – Cia de Talentos

A empresária Sofia Esteves é conhecida, entre outras coisas, pelo seu perfil de liderança e pelo sucesso da DMRH, uma das principais consultorias de RH do país. A empresa, que também engloba a Cia de Talentos, conta hoje com cerca de 200 funcionários e atua em mais de 40 países, com clientes como a multinacional Unilever, por exemplo.

No entanto, nem tudo foram flores na carreira profissional de Esteves: a hoje empresária bem-sucedida trabalhou inicialmente com limpeza de banheiros. De lá, foi recepcionista de consultório e vendedora de móveis em uma loja.

Formou-se em psicologia e passou a trabalhar em uma consultoria de RH, onde cresceu e adquiriu experiência prática no setor. Porém, diante de uma questão ética, pediu demissão e, pouco a pouco, passou a investir no que hoje é a DMRH.

Atualmente a empresa fatura mais de R$ 30 milhões por ano, uma bela evolução para quem ganhava menos de um salário mínimo em seu primeiro trabalho. 

Carla Sarni | Sorridents

Carla Sarni, formada em odontologia pela Unifenas, em Alfenas (MG), criou a primeira unidade da Sorridents no andar de cima de uma padaria, sempre acreditando que reinvestir os ganhos na própria empresa fez com que o negócio chegasse a 419 unidades em 2021.

A expansão da Sorridents começou nos anos 2000, quando a empresária e o marido pegaram R$ 500 mil em empréstimos para construir uma nova clínica de três andares, voltada para o atendimento da classe C. Apesar disso, um tratamento dentário, mesmo na Sorridents da época, não era barato. Para continuar atendendo as classes C e D, em 2015 a empresária decidiu que a rede precisaria oferecer um cartão de crédito próprio para que os clientes pudessem parcelar os tratamentos em até 12 vezes sem juros.

Hoje, além da Sorridents, outras duas marcas integram o portfólio do grupo, nas áreas de saúde e bem-estar A previsão é de que, em 2021, o faturamento total seja de R$ 880 milhões, 80% acima do alcançado em 2020. 

Ana Amélia Filizola | Gazeta do Povo

Ana Amélia Filizola é vice-presidente do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM) e sócia proprietária do jornal Gazeta do Povo. Passou a comandar toda a operação da Gazeta após a morte do pai, Francisco Cunha Pereira Filho, no ano de 2009.

Natural de Curitiba (PR), Ana Amélia é graduada em Direito e em Jornalismo, mas encontrou no comando dos negócios da família mais um espaço para sua realização profissional e pessoal.

Ela foi responsável por mudar drasticamente a gestão do negócio e enxergar a Gazeta do Povo não só como um jornal, mas como um negócio que precisava se adaptar às novidades tecnológicas e culturais do século XXI.

Atualmente, a Gazeta do Povo é considerado o maior jornal do Paraná e o mais antigo em circulação no estado. Portanto, retirar de circulação a maioria das versões impressas e investir no meio digital não foi uma decisão fácil nem simples. Afinal, pela importância e tamanho do grupo, qualquer atitude errada poderia colocar em jogo o histórico positivo da empresa no ramo da comunicação paranaense.

Entretanto, essa transição foi muito bem estudada e, hoje, quase toda a operação do grupo é voltada para o meio digital. 

Adriana Barbosa | Feira Preta e PretaHUB

Adriana Barbosa é a responsável pela maior Feira de Empreendedorismo Negro da América Latina e está entre os negros não africanos mais influentes do mundo. Também é fundadora da PretaHUB.

Vendo as dificuldades da família para pagar as contas, a bisavó de Adriana Barbosa teve uma ideia: começar a vender doces e marmitex para ajudar nos pagamentos. Sem entender nada de marketing, colocou a bisneta para distribuir panfletos, instalar faixas na avenida principal do bairro e divulgar os produtos.

Sem saber o que era inteligência de mercado, ela pesquisava o preço da concorrência para definir o seu. Mesmo sem fazer um curso de liderança, era uma líder nata: envolvia a família inteira na produção.

Com o exemplo da bisavó e de outras mulheres fortes da família, Adriana aprendeu a usar a escassez para se reinventar e desenvolver o conceito que ela chama de “sevirologia”, a arte de se virar com os poucos recursos que tem. Um aprendizado precioso que a hoje empreendedora teve de colocar em prática para superar as adversidades e criar a Feira Preta, e ser considerada uma das mulheres negras mais influentes do mundo.

Renata Vichi | Kopenhagen

Renata Vichi começou a trabalhar na Kopenhagen, empresa de chocolates controlada pelo seu pai, Celso Moraes, aos 16 anos, como estagiária de marketing. Passou pela diretoria de marketing e comercial e pela vice-presidência e, aos 38 anos, em março de 2020, assumiu a presidência do negócio que se tornou o Grupo CRM, comandando também as marcas Chocolates Brasil Cacau e Kop Koffee.

Após a entrada, a empresária foi responsável por criar a marca Brasil Cacau, em 2009, e a Kop Koffee, em 2019. Com isso, o negócio deixou de ser apenas Kopenhagen para se tornar um grupo completo. A proposta da Brasil Cacau era democratizar o consumo de chocolates, sendo voltada para o consumo, especialmente, da classe D. Conforme ela enxerga hoje, essa visão só foi possível graças à experiência que teve trabalhando desde jovem na empresa.

Recentemente, Renata lançou o livro “Chocolate nas Veias” (Ed. Buzz, 2021) e é considerada uma das mulheres mais respeitadas do mundo dos negócios, pois, com seu olhar inovador e muito planejamento estratégico, elevou o faturamento da empresa de R$ 38 mi para R$ 1,5 bi. 

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