Esse assunto é o tema da Firts Class desta semana, a último da módulo que tem como case David Pinto


Estruturado, desenvolvido e apresentado por Alexander Osterwalder por meio de pesquisas e testes realizados entre 2004 e 2010, o chamado Business Model Canvas tem se convertido em um ótimo instrumento para a elaboração de modelos de negócios. Diversos negócios de sucesso, como Dropbox e Netflix utilizaram a ferramenta para se estruturar. Mas, mais do que ajudar a tirar empreendimentos do papel, o Canvas pode ser bastante útil para analisá-los e organizá-los quando já estão em funcionamento.

Esse assunto é o tema da Firts Class desta semana, a último da módulo que tem como case David Pinto, fundador da Doutor Resolve. Apresentada por Guilherme Junqueira, diretor-executivo da Associação Brasileira de Startups, a aula traz dicas importantes sobre como utilizar o Business Model Canvas e exemplos de negócios que se deram bem utilizando a ferramenta.

De início, Guilherme ressalta que estruturar de maneira mais formal um negócio e criar mecanismos que permitam maior controle é algo que, obviamente, deve ser feito no início do empreendimento, mas que também pode ser feito quando ele já está em funcionamento. Como exemplo, ele cita o caso do próprio David Pinto, que conta que a Doutor Resolve cresceu muito rápido e, já grande, precisou parar para fazer uma estruturação, até mesmo para não comprometer o futuro.

É aí que o Canvas entra como um importante aliado. O modelo ajuda o empreendedor a ter uma visualização ampla do negócios, de maneira simples. A ferramenta consiste em um quadro (ver imagem abaixo), que pode ser impresso e colado num mural ou mesmo na parede. Ele apresenta em blocos o que o idealizador considera os nove fatores-chave de um empreendimento: parcerias-chave, atividades-chave, recursos-chave, proposta de valor, relacionamento, canais, segmentos de clientes, estrutura de custos e fontes de renda.

Guilherme explica que o Canvas pode "ser utilizado de maneira bem mais rápida e interativa do que um plano de negócios, que é mais engessado, mais centrado em papel do que em interação". 

"Ele tem como lógica você organizar e definir suas ideias. Em resumo, mostrar como sua organização gira", complementa Guilherme. 

Principais pontos

Com o Canvas, o mais importante, claro, é poder visualizar a totalidade do negócio e organizar graficamente as ações para cada um. Mas Guilherme destaca alguns elementos aos quais os empreendedores devem dar mais atenção, principalmente no caso de empresas iniciantes. Aqui, detalhamos os dois principais.

Um desses elementos é a segmentação de clientes. É importante que você defina muito bem essa área. Deve ser o primeiro passo quando se começa a elaborar um modelo de negócio. "Pegue um post it, pegue esse Canvas, cole na parede e, para cada novo segmento de cliente, você vai colocar uma cor diferente de post it. Com isso você vai conseguir identificar propostas de valor específicas para um cliente que é diferente do outro", ressalta Guilherme.

É muito importante que você detalhe e não deixe esses segmentos muito amplos. "Eu nunca vou colocar que meu público são mães. Vou colocar que são mães de crianças com idades até dois anos ou mães com filhos já adultos", exemplifica Guilherme. 

Oferta de valor

É aquilo que vai fazer diferença para a vida do cliente. "Vamos pensar em um colchão. Você pode, a princípio, achar que se trata de funcionalidades, vantagens perante a concorrência etc. Mas isso não é a proposta de valor. Aqui você vai colocar o que o produto proporciona. Então você vai falar, por exemplo, que o cliente passa um terço da vida sobre aquele colchão", exemplifica Guilherme.

Confira a aula completa: https://meusucesso.com/conhecimento/cursar/first-class-15/?aula=129

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