Roger Sanford, renomado empreendedor americano, comenta sobre a metodologia Lean Startup, criada pelo empresário Eric Ries


Você já ouviu falar do termo Lean Startup? Sabe o que é? No terceiro episódio da série Go N’ Grow, fomos a fundo conhecer um pouco mais sobre essa metodologia e entender o que as empresas do Vale do Silício fazem para produzir “mais com menos”. Atualmente, mesmo com equipes menores e recursos escassos, as startups estão se adaptando e focando sempre na experiência do cliente e na execução rápida.

Lean Startup

Essa metodologia ganhou fama após o empreendedor Eric Ries publicar o livro Lean Startup (ou “A Startup Enxuta”) que evidencia e dá dicas de como é possível criar um negócio por meio de diversas práticas de gestão que visem a redução de custo (ou o gasto mínimo) e a validação do negócio por meio do Produto Mínimo Viável, que é uma forma de testar a viabilidade do negócio ao oferecer a uma parcela do seu público uma “versão beta”, ainda não finalizada, de seu produto e ver como essas pessoas reagem e dão feedbacks.

Apesar do método Lean ter ficado famoso recentemente, muito antes dele já surgiram modelos que visavam ser extremamente enxutos, como é o caso do Toyotismo, que surgiu entre as décadas de 50 e 70, e mostram as práticas da Toyota. A estratégia prioriza a redução dos custos que não estão diretamente relacionados à geração de valor para o cliente final e foca em identificar peças defeituosas o quanto antes. Essas técnicas buscam reduzir os custos e desperdícios na produção de bens.

Os insights de Roger Sanford

“O que eu mais gosto do trabalho do Eric é que ele não fala só sobre aprendizado, mas respeito aos recursos. Quando se faz algo Lean, não há espaço para erro”, comenta o empresário Roger Sanford.

Durante o terceiro episódio, Roger fala sobre a primeira empresa de Wi-Fi, a Metricom, que surgiu na década de 90, e lançou um produto chamado Ricochet, uma tecnologia incrível para a época que permitia que o usuário carregasse o aparelho com ele, porém, alguns anos depois a companhia encerrava as operações. “Eles cometeram muitos erros porque tinham dinheiro demais. Quando você é Lean, você sente imediatamente. Quando você tem muita gordura, não sente (fazendo menção a ter muito investimento e, portanto, não perceber de imediato as consequências)”, afirma.

Para ele, personalidade e ego são duas coisas diferentes. A primeira define muito das suas habilidades, do que você é. Já a segunda é quando você se inflama e fica obcecado por algo, que passa a não ver mais com tanta sensatez algumas evidências. “O legal da metodologia Lean, que eu gosto, é o processo constante de questionar, encontrar e aprender. E quando isso não funciona, o que mais fazemos. É aí que eu não teria chamado de Lean. Mas é uma ótima terminologia. E eu acredito que no futuro, os métodos que irão funcionar melhor, são aqueles que são mais conscientes. Que podem falhar e mudar. Porque tudo está acelerando”, observa.

Aprendendo com a Evernote

Andrew Malcolm, CMO na Evernote, comenta sobre como funciona os testes da empresa a fim de descobrir mais sobre a experiência do usuário. “Eu diria que qualquer gerente de canal, em qualquer momento, está comandando entre 5 e 10 testes do seu canal. Mas o interessante é que às vezes existem consequências não intencionais de fazer algo em um canal, para a experiência que alguém tem em outro lugar. Então você não quer otimizar o canal, você quer otimizar o sistema todo”, comenta.

Para ele, isso pode não ser muito positivo, por exemplo, para o gerente de e-mail que vê a entrega cair muito, mas ao mesmo tempo, é uma coisa boa para o produto porque mais pessoas, como um todo, estão descobrindo alguma coisa, estão entendendo uma variável.

Adrew ainda revela que é preciso fazer essas trocas constantemente “porque o teste que você fez um mês atrás pode ter resultados diferentes agora, já que um concorrente fez algo diferente, ou você mudou o fluxo de usuários. Então, você tem que se manter animado em resolver os problemas, e aceitar o fato de que nunca serão resolvidos”.

O grande objetivo do Evernote é gerar comprometimento, ou seja, ter sempre usuários engajados com o produto. Como Andrew nos conta, é preciso fazer o seguinte questionamento: “Você está colocando conteúdo no Evernote que tem uma qualidade tão boa que garante o seu retorno?”. Para isso acontecer, é inevitável ter que criar notas regularmente. A Evernote sabe dessa necessidade por isso permite capturar arquivos em uma infinidade de formatos. Os dois fatores que se mede o engajamento, neste caso, são a qualidade do que é inserido na plataforma e a frequência com que isso é postado.

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