Alexandre Ostrowiecki responde e conta quais foram os principais desafios que ele enfrentou para empreender no Brasil. O empreendedor revela o que tanto atrapalhou o seu progresso.



Quem empreende no Brasil sabe que não é nada fácil, é uma tarefa difícil e complicada, que muitas vezes esbarra em questões jurídicas, tributárias e as mais variadas situações. É normal ter problemas e muitas vezes não conseguir seguir em frente. No terceiro episódio do Estudo de Caso de Alexandre Ostrowiecki, CEO da Multilaser, estudamos justamente as dificuldades de se empreender no mercado brasileiro.

Empreendedorismo no Brasil

Segundo o Sebrae, a probabilidade de fechamento de uma empresa é maior entre os empreendedores que estavam desempregados antes de abrir o negócio, que tinham pouca experiência no ramo, que abriram o negócio por necessidade (ou exigência de cliente/fornecedor).

As causas também estão relacionadas a ter menos tempo para se planejar, não conseguir negociar com fornecedores, não aperfeiçoar produtos ou serviços, como também a falta de investimento na capacitação da mão-de-obra. Outro fator apontado é que muitos não faziam o acompanhamento rigoroso de receitas e despesas, não diferenciavam seus produtos e não investiam na sua própria capacitação em gestão empresarial.

A pesquisa realizada pelo Sebrae em 2016, com empresas criadas em 2011 e 2012, evidenciou as dificuldades no primeiro ano de atividade, e elas são:

  • Falta de clientes (16%);
  • Falta de capital (16%);
  • Falta de conhecimento (12%);
  • Mão de obra (10%);
  • Imposto/ tributos (10%);
  • Inadimplência (6%);
  • Concorrência (4%);
  • Burocracia (4%).

Carregando o Elefante

Durante a produção do Estudo de Caso, Alexandre comenta sobre o livro “Carregando o Elefante” que escreveu, em conjunto com o sócio Renato Feder, com o intuito de falar sobre as dificuldades que o empreendedor brasileiro enfrenta durante a jornada do negócio próprio. No livro, os autores compartilham ideias, dicas e opiniões sobre os caminhos que a economia nacional segue e para que pontos devemos olhar.

De acordo com Alexandre, cada empreendimento se adequa a uma fase e momento, que requer um nível de exigência maior ou menor em diferentes quesitos. Saiba em que etapa você se encaixa e tenha em mente isso. Para isso, é preciso estar antenado a todo momento, reinventar-se, procurar formas de conhecer a si mesmo e seu negócio. “Todo empreendedor terá que lidar com a parte financeira, tributos e impostos. Mesmo que você seja pequeno tenha uma boa área fiscal, pode ser uma pessoa. Certifique-se também de ter um advogado de confiança que cuide da parte de consumidor, trabalhador, fiscal. O que eu vejo de cliente fazendo coisa errada e pagando a mais de imposto. Tem que fazer a conta muito bem. Se você não sabe fazer isso, arrume um cara bom”, comenta.

Empreendedor vs colaborador

Um insight interessante de Alexandre Ostrowiecki se refere à visão de quem está por traz do termo empresário. Muitas vezes quando pensamos quem representa a figura do empreendedor, logo pensamos nos grandes negócios. Porém, a realidade, na maioria dos casos, é outra e o empresariado brasileiro está representado pela Pequena e Média Empresa (PME) ou o MEI (Microempreendedor Individual) que são responsáveis por empregar uma grande parte da população. Tanto empregador quanto empregado têm as suas questões pessoais e fazem parte do mesmo sistema.

Este relatório do Sebrae sobre Empreendedorismo e Mercado de Trabalho  traz uma visão bem detalhada para você que quer conhecer mais sobre esse mercado, quais são as tendências de negócios no Brasil e dados importantes sobre o setor. Vale a pena dar uma conferida.

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