No terceiro episódio do Estudo de Caso de Rony Meisler aprendemos sobre como é importante ter a cabeça aberta e olhar para os colaboradores


No quarto episódio do Estudo de Caso de Rony Meisler vimos como é importante ter referências sejam de marcas ou empreendedores que sirvam como inspiração para o negócio.

Uma das referências de Rony Meisler é Tony Hseih, fundador da Zappos, gigante do e-commerce americano que hoje pertence a Amazon. Hseih é o principal promotor da “Cultura da Felicidade” nos negócios que preconiza a necessidade de se construir um ambiente onde os colaboradores sintam-se realizados e felizes.

Um dos pressupostos dessa visão é o empoderamento dos colaboradores que se reflete em uma maior autonomia – em detrimento de um ambiente caracterizado pelo controle. Um dos desafios de Rony Meisler é a preservação dessa cultura em um ambiente de crescimento acelerado.

Atualmente a Reserva conta, em toda sua rede, com mais de 1.300 colaboradores. O empreendedor gerencia esse desafio fortalecendo a cultura organizacional da empresa onde se evidenciam os valores e princípios do negócio. São esses princípios e valores que norteiam a ação de qualquer colaborador da empresa. Segundo Rony, os princípios são como uma placa em uma bifurcação. É a partir deles que o colaborador irá decidir qual rumo tomar.

Autonomia é uma crença fundamental dessa filosofia. O empreendedor tem uma visão de que é necessário sistematizar tudo o que pode ser sistematizado e não sistematizar o que não é necessário. Os relacionamentos interpessoais, por exemplo, não podem ser sistematizados.

Dessa forma, é evidenciado a necessidade de uma gestão menos hierarquizada e baseada em controles em detrimento de uma mais flexível e afeita ao diálogo. O limite de ação sempre estará relacionado às atitudes e comportamentos alinhados à cultura do negócio.

Para o compartilhamento dessa cultura, considerando esse crescimento acelerado, é fundamental o desenvolvimento de uma estratégia de comunicação muito estruturada que evidencie e fortaleça em todas oportunidades a visão do negócio.

Além disso, destaca-se a importância de Ritos como, por exemplo, a atividade de integração dos novos colaboradores. Esse é um dos ritos mais importantes para alinhar quem chega com os valores da organização. Rony valoriza essa atividade definindo-a como um dos pilares da estratégia de crescimento. O empreendedor comenta que, para dar conta do crescimento do negócio, almeja estar cada vez mais focado no desenvolvimento das pessoas de seu negócio.

Essa visão sobre gestão de pessoas resultou na decisão de definir a área de Recursos Humanos como Fontes Humanas. Rony acredita que pessoas não são apenas recursos e sim uma fonte inesgotável de talento e que quando elas se adaptadam e estão satisfeitas com o contexto onde atuam, geram resultados extraordinários.

Uma comprovação que esse modelo está sendo bem-sucedido é a matriz de crescimento do negócio nos últimos 10 anos.

Nesse período, a organização conseguiu evoluir positivamente os principais vetores de crescimento do negócio e que, com o tempo, aumentaram concomitantemente:

  • Mais Receita
  • Mais Marca
  • Mais Lucratividade

Não é usual que todos esses vetores evoluam ao mesmo tempo. Via de regra, quando uma empresa implementa novas marcas ao negócio, é requerido novos investimentos o que resulta em menor lucratividade, por exemplo.

Isso não ocorreu na Reserva e Rony aponta mais um vetor que cresceu na mesma intensidade: os colaboradores. A empresa triplicou de tamanho em 3 anos.

O empreendedor acredita que esse crescimento vem da solidez da cultura organizacional que consegue atrair os melhores talentos que, por se sentirem à vontade no negócio, tem uma performance superior.

O crescimento também traz o desafio de conseguir atender a todas as demandas do cliente no tempo desejado. O empreendedor comenta que não adianta investir na experiência do cliente se ele não encontrar o produto disponível na loja. Tendo esse foco, foi implementado na Reserva um modelo integrado de logística orientado a entregas diárias no negócio que permitiu um melhor abastecimento nas lojas ao mesmo tempo que resultou em menor estoque imobilizado. Depois de um mês de sua implementação esse modelo já resultou em um faturamento 10% superior nas lojas devido a disponibilidade dos produtos nos pontos de vendas.

A visão de entregar uma experiência de valor ao cliente também se evidencia na estratégia de oferecer produtos não produzidos, mesmo que de marcas concorrentes, nas lojas Reserva. A lógica dessa estratégia está baseada na visão de que é necessário entregar tudo o que o cliente deseja em um mesmo local, mesmo que essa demanda não seja de produtos produzidos pela marca. Para atender esse objetivo foi criado o espaço “Penetras” nas lojas Reserva que conta com produtos específicos alinhados com a imagem da marca, porém produzidos por outras empresas.

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