Alair Martins, fundador do Grupo martins, líder no segmento atacadista-distribuidor, aprendeu que era preciso delegar mais para seu negócio crescer


Toda empresa tem que saber gerenciar o seu crescimento e desenvolvimento. Muitas vezes quando se é uma startup, processos e tarefas acabam sendo centralizados na figura principal do negócio e isso pode ser perigoso para a continuidade da companhia porque pode trazer dependência por parte do time. Portanto, é mais do que necessário que o negócio tenha pernas próprias e consiga caminhar pelo trabalho de toda a equipe.

O Grupo Martins, atual Estudo de Caso do meuSucesso.com, solidificou o conceito de atacado no Brasil e tornou-se referência nacional em distribuição. Ele vende 17 mil itens diferentes, de 600 fornecedores, para 400 mil varejistas de todo o país, atendendo a todos os municípios brasileiros.

Empasse: centralizo ou profissionalizo?

O grupo teve um crescimento agressivo em seus 20 primeiros anos de vida e, no início da década de 70, Alair percebeu que para manter a trajetória ascendente seria necessário investir em um modelo de gestão mais profissional. Dessa forma, iniciou a profissionalização do Grupo inserindo uma camada de líderes gestores em sua estrutura. Até então, todos colaboradores da organização se reportavam diretamente ao empreendedor. Para saber mais, veja o episódio 05 do Estudo de caso do Alair!

Para engajar a todos colaboradores no projeto, Alair implementou, de forma pioneira, um programa de participação nos resultados para os profissionais mais estratégicos do Grupo. Esse modelo vigora desde hoje e segue a visão do empreendedor de compartilhar o êxito do negócio com a equipe visando mantê-los engajados e comprometidos com o projeto.

Negócio que anda alinhado com a tecnologia tem mais chances de prosperar

Nesse mesmo período, Alair começou a investir em tecnologia, pois percebeu que a adoção tecnológica poderia contribuir com o aumento de produtividade do negócio e redução dos custos. Percebe-se novamente a importância da implantação de um sistema de gestão eficiente para dar conta das margens restritas do negócio e do objetivo de atender o cliente com os menores preços possíveis.

Nesse período, no Brasil, estava vigente a Lei de Reserva de Informática que permitia, apenas em situações extremas, a importação de componentes e equipamentos de informática. Esse desafio não foi obstáculo para Alair Martins que entendia o valor e importância da tecnologia para seu negócio e acessou sua rede de relacionamento para mostrar a necessidade de importação de equipamentos robustos, só presentes no sistema bancário, que contribuíram para o fortalecimento de seu sistema logístico e de rastreamento de cargas. 

Por conta dessas inovações, Alair passa a roteirizar estradas, caminhos e vira uma espécie de consultor dos DER (Departamento de Estrada e Rodagens) espalhados pelo Brasil.

Atualmente, o Grupo Martins possui uma estrutura de Logística de Distribuição que permite roteirizar com eficiência e rapidez para levar o produto certo, no tempo certo, na hora certa e no lugar certo, a preços competitivos. Essa estratégia foi fundamental para permitir que a empresa atenda mais de 400.000 pequenos varejistas espalhados em todo território nacional.

O sistema logístico Martins envolve, inclusive, questões tributárias e regionais: o que vai, para onde e a que preço. Hoje o Martins é benchmark de logística para empresas nacionais e estrangeiras.

Capacite seus colaboradores

Uma outra frente que foi alvo de investimento de Alair Martins em seu processo de profissionalização foi investir em capacitação para seus colaboradores. Alair tem o hábito de comentar que a empresa é, na realidade, a Universidade Martins já que todas as suas iniciativas têm relação com educação (soma-se ao investimento junto aos colaboradores, as ações que tem como público os clientes com a Universidade do Varejo, por exemplo).

Como resultado dessa estratégia, atualmente, o Grupo Martins tem uma estrutura de gestão 100% profissional contando com instâncias como Conselho de Gestão, Conselho de Família, Rede de Mentores dentre outras iniciativas que visam garantir a perenidade do negócio.

Também é importante destacar os centros de armazenagens e distribuição em Uberlândia, João Pessoa, Paraíba e Manaus, das mudanças necessárias para a adaptação competitiva, como o aperfeiçoamento dos caminhões e da força de vendas composta de representantes comerciais autônomos, que participam continuamente de cursos, seminários e ações de desenvolvimento profissional e de aperfeiçoamento, com o objetivo de estarem em sintonia com as novas tecnologias e serem capazes de prestar sempre o melhor serviço.

Somente em 1998 o Grupo Martins investiu R$ 16 milhões em ações de benefícios e desenvolvimento para seus colaboradores . Num setor com margens tão pequenas é preciso ter alto nível de otimização para diminuição de custos

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