Cada vez mais as mulheres começam a representar uma parcela significativa entre quem empreende


Empreendedorismo feminino. Muito mais do que o tema da moda, o que vemos é uma verdadeira avalanche de mulheres que comandam seus negócios e têm o empreendedorismo como opção de trabalho e realização pessoal. Encontramos com muita facilidade números que comprovam o que vem sendo vista como uma segunda revolução no mercado: a primeira se deu lá nos anos 70 quando as mulheres saíram de casa para conquistar seu espaço nas empresas e agora quando elas decidem abrir mão das suas carreiras para assumir o próprio negócio.

Números levantados pelo Sebrae apontam que 52% dos novos empreendimentos abertos no Brasil são comandados por mulheres e mais de 60% o fizeram pois enxergaram uma oportunidade de mercado – o chamado empreendedorismo de oportunidade – muitas vezes abrindo mão de carreiras promissoras e consolidadas na iniciativa privada.

Mas quem são essas mulheres? Quem está por traz desses números? O que as tornam diferente? Trabalho há dois anos com foco na mulher empreendedora, buscando entender seu universo como um todo e não apenas com o recorte profissional. Dessa experiência, comprovo diariamente que determinados aspectos são únicos. Não pretendo – e nem vejo o menor sentido – iniciar uma disputa de gêneros. Não é uma questão de melhor ou pior. É apenas a constatação da diferença que as fazem tão únicas e especiais.

Elas têm o espírito empreendedor impregnado nas suas vidas. Não é algo passageiro ou imediatista, mas está com elas desde o momento em que acordam e precisam administrar todas as suas infinitas tarefas, que fazem parte do seu cotidiano, está no sangue. Reflete um comprometimento contínuo potencializado pela sua inquietude, sonhos e desejo de fazer mais e melhor. E, como um ciclo virtuoso, a cada etapa que se vence novos desafios surgem dentro do seu coração multiplicando sua energia e capacidade de execução.

A mulher empreendedora não tem medo do trabalho, mas entende como fator crítico de sucesso a possibilidade de gerenciar seu tempo. Reconhece que a carga horária pode ser maior do que a da amiga que trabalha numa grande empresa, mas valoriza o fato de ter flexibilidade, ser dona da própria rotina e, assim, depender apenas de si a decisão de estar presente na reunião da escola do seu filho. Empreender mostra-se como o caminho para alcançar de maneira saudável um equilíbrio entre vida pessoal e profissional. 

Por fim, um aspecto que é nítido em várias histórias que acompanho é que a mulher funciona como um agente multiplicador do empreendedorismo. Seu entusiasmo impacta aqueles à sua volta e contribui diretamente no bem estar da família e desenvolvimento dos filhos. Ela traz consigo todos aqueles que estão ao seu redor para crescerem juntos e dissemina uma cultura de conquistas por meio do esforço, dedicação, preparação e trabalho.

Nos próximos textos irei tratar sobre questões relacionadas aos comportamentos empreendedores sob a ótica da mulher empreendedora. Quero saber sua opinião. Deixe nos comentários sugestões de assuntos que você gostaria que fossem abordados.

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Carolina Rezende

Carol Rezende é publicitária e, ao longo de 12 anos, construiu sua carreira na iniciativa privada, trabalhando na área de telecomunicação e, posteriormente, no Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF. A maternidade despertou a vontade de seguir novos rumos profissionais. Foi quando, a partir da sua própria necessidade, criou o Mulher de Negócio e nele visualizou a oportunidade de alavancar e articular mulheres que vivem os desafios de empreender e que não tinham um espaço comum para se aprimorar, trocar informações e compartilhar suas experiências.