Sabe aquela ideia sensacional de negócio ou produto que você teve há algum tempo, não executou e logo em seguida viu alguém colocando em prática e ganhando dinheiro com ela? Saiba que mais gente, além de você e aquele que executou a ideia, também teve o mesmo insight.
Isso acontece porque uma ideia nasce da colisão de informações disponíveis, seja na sua cabeça, em um bate papo com um colega que tinha a outra metade da informação ou em diversas outras situações de “encontros”. A história está cheia de casos de dúvidas sobre quem teve a ideia primeiro, como Santos Dumont e os irmãos Wright que inventaram o avião ao mesmo tempo em locais distintos.
A curiosidade sempre foi a característica comum entre todos os inventores ou criativos principalmente porque ela leva ao acúmulo de informações até então incompatíveis. Nas empresas inovadoras existe uma cultura de incentivo à criatividade e à experimentação de qualquer colaborador, desde a limpeza até a gestão. Os erros cometidos nas experiências são valorizados porque ensinam e mostram novos caminhos.
Seja qual for o ramo de atuação de sua empresa, há espaço para inovar, principalmente naqueles segmentos onde tudo parece já ter sido pensado e guardado dentro de uma caixa com manuais sobre como atuar no setor. Para pensar fora dessa caixa, normalmente você teria que abrir mão da carga de responsabilidades de seu negócio para observar concorrentes diretos, indiretos e empresas fora de seu segmento, teria que ler muito mais do que já lê e conversar com mais pessoas do que já conversa e, ainda sim, teria uma inovação incipiente porque estava centralizada em uma única mente dentro da empresa, a sua.
Cada vez mais empresas fazem uso da base de conhecimento coletiva para inovar, viajando pelos termos crowdsourcing, big data, brainstorming e por aí vai, mas essa inovação ainda fica presa à cultura original da empresa e aos seus processos tradicionais e acaba sendo menos efetiva do que realmente poderia ser.
As startups têm vantagens sobre outras empresas porque nascem muito rápido de uma ideia mediana executada de forma mediana, mas com uma velocidade impraticável para uma empresa já estabelecida no mercado. As startups experimentam mais do que planejam, doam o que deveria ser vendido para obter em troca o feedback do consumidor e quando finalmente têm um produto final disponível, a demanda já existe e já é engajada com a marca.
Sua empresa não pode fazer isso ao pé da letra porque já está estabelecida em um formato, mas porque não estimular que seus colaboradores criem startups internas livres das regras ou cultura da empresa com verba para experiências e erros?
Toda a aventura, criatividade, liberdade e velocidade por trás de uma startup, dentro de sua empresa sendo gerida por sua equipe. Isso pode estar voltado para tudo, desde novos produtos, nichos, abordagens ao cliente até novos processos ou procedimentos internos. Criar espaço para a experimentação de forma institucionalizada dentro de sua empresa, porém sem amarras de processos, regras ou cultura permitindo que todos sintam-se envolvidos na busca por melhores resultados em um formato de startup pode parecer incompatível, mas será que em 1906 uma máquina de 160 kg era compatível com um voo?
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