Historicamente, a expressão joint venture sempre serviu para definir uma modalidade de empreendimento conjunto em que as partes (pessoas físicas ou jurídicas) mantêm sua identidade. Ou seja: uma parceria que gera uma terceira figura, em vez de fundir as outras duas que compõem a transação. No mercado, o termo se consolidou como definição de um negócio que é gerado a partir da associação, especificamente, de duas pessoas jurídicas para explorar um determinado setor.
Inicialmente, as joint ventures empresariais eram formadas por uma empresa do setor industrial com outra comercial, com o objetivo de reduzir custos e facilitar a distribuição de um produto. Mas isso vem mudando com o tempo. Na China, por exemplo, a formação de joint ventures por empresas de um mesmo segmento se tornou comum. No país, empresas estrangeiras têm facilidades ao se unirem com outras locais para explorar determinados setores. Assim, fica garantida a transferência de tecnologia.
É importante destacar também que, como deixa claro o próprio nome, esse tipo de sociedade envolve risco (em português, joint venture significa "união de risco"). A nova empresa gerada, embora bem calculada, é sempre uma aposta em algo novo. Juridicamente, tanto o capital quanto a gestão são independentes e não têm nenhuma ligação direta com as empresas formadoras.
Outro detalhe é que a sociedade pode ser contratualmente estabelecida por um período limitado ou por tempo indeterminado. Isso depende, sempre, dos objetivos que levaram as empresas à união.
Exemplos
Para compreender melhor o que é uma joint venture, nada melhor que exemplos. E existem alguns clássicos. A companhia de telefonia Vivo, por exemplo, foi lançada como uma joint venture entre a Portugal Telecom e a Telefónica Moviles (da Espanha).
Em 1987, no Brasil, as gigantes Volkswagen e Ford se uniram na formação da Autolatina. A ideia era formar um negócio imbatível no mercado latino-americano. Mas a empresa acabou sendo dissolvida em 1996, devido aos choques entre as filosofias das duas empresas.
O caso da Autolatina, inclusive, é emblemático e um case a ser estudado sempre que se tocar no assunto joint venture. Esse tipo de negócio, embora, na teoria, tenha uma identidade própria, não é tão simples assim. Além do capital, o empreendimento precisará conciliar as visões de mundo das duas empresas formadoras.
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