Uma grande varejista de fast fashion americana, a Forever 21, famosa por trazer moda por preço baixo, anunciou o seu pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. A marca foi fundada em Los Angeles em 1984 pelo casal sul-coreano Do Won e Jin Sook Chang.
Atualmente com mais de 800 lojas pelo mundo, a companhia deve reduzir praticamente pela metade sua presença no varejo a fim de tentar se recuperar. No Brasil, a a Forever 21 atua desde 2014 e, por aqui, vai continuar – pelo menos por enquanto.
A Forever 21 informou aos seus clientes, por meio de carta publicada, que não irá parar de operar. Desse modo, vai se reorganizar e enxugar sua rede para se manter na ativa, levando moda aos consumidores.
Em seu planejamento, a proposta é manter a operação da América Latina, mas deve deixar os mercados asiático e europeu. Só nos Estados Unidos, cerca de 180 lojas devem ser fechadas e, ao todo, 350 deixarão de operar.
Números da F21
Por não ser uma empresa de capital aberto, os números que cercam o pedido de recuperação judicial não são conhecidos, apenas especulados. Mas, a dívida é estimada entre US$ 1 a 10 bilhões.
A notícia que vinha sendo especulada há meses foi confirmada no último dia 30 de setembro. Estudiosos do varejo veem como algo que coroa uma mudança clara nos hábitos de consumo dos americanos e de todo o mundo. A enxurrada que o e-commerce vem provocando no comércio fica clara com a recuperação judicial da Forever 21.
Somente em 2019, mais de 8.000 lojas físicas fecharam suas portas nos Estados Unidos, de acordo com dados de uma pesquisa da Coresegth Research. Mais do que isso, ainda segundo eles, até o fim deste ano, o número pode bater os 12 mil.
Desde 2017, mais de 20 varejistas já entraram com pedido de recuperação judicial nos EUA, incluindo a Sears e a Toys ‘R’ US.
O cenário ruim parece ser só o início de novos tempos para o varejo. Um relatório do UBS – empresa de sistema financeiro, prevê que, entre 30 e 80 mil lojas físicas americanas podem fechar as portas até 2025.
O fechamento dessas lojas seria em detrimento do crescimento do setor, mas que, para que o aumento chegue aos dois dígitos, em paralelo, o e-commerce precisaria representar 25% das vendas.
No entanto, analistas americanos apostam em uma representatividade do comércio eletrônico para 2022 de no máximo 15%.
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