No momento que a Gazeta do Povo decidiu interromper a veiculação do jornal impresso significava mudanças relevantes em toda a redação do jornal e na operação


Durante o Estudo de Caso de Ana Amélia, da Gazeta do Povo, compreendemos a complexidade e o desafio pelo qual a empresa passou ao mudar toda a estratégia de negócio para deixar de ser impressa e focar totalmente no meio digital e assinaturas online.

Para compreendermos melhor todo o planejamento e os insights que podemos aprender com essa transição, separamos os insights mais valiosos que podemos tirar de todo esse momento e como isso impactou a empresa e seus colaboradores.

Anúncio e plano de comunicação

Foram meses de planejamento. Foi organizado um evento convidando diversas pessoas, anunciantes e nomes renomados da cidade de Curitiba e do estado do Paraná. Em tempo real, o evento foi transmitido para os funcionários da Gazeta do Povo que se reuniram no barracão, local onde o jornal saia para ser transportado, e também para a rede televisiva da região.

Essa estratégia foi utilizada com o intuito de não gerar ruídos na comunicação. Portanto, se os funcionários soubessem com antecedência, a informação poderia vazar e atrapalhar o relacionamento com os anunciantes do jornal e vice-versa.

Gestão de Pessoas

No momento que a Gazeta do Povo decidiu interromper a veiculação do jornal impresso significava mudanças relevantes em toda a redação do jornal e na operação, que impactava diretamente na função de muita gente que deixaria de trabalhar na empresa.

Os diretores e gerentes precisaram lidar com as incertezas e as dúvidas de muitos funcionários. Como percebemos durante o Estudo de Caso, a solução foi transparência em relação ao rumo do jornal no momento de apresentar e deixar claro que determinada equipe ou colaborador deixaria o grupo.

Transição: do impresso para o digital

“Se o mundo vai para o digital, para a internet e se eu levo uma nova marca, a Gazeta do Povo tende a desaparecer porque a marca não vai estar neste futuro e ai como é que fica. A marca tem uma força muito grande e vamos fazer 100 anos”, comenta Ana Amélia sobre todas as ponderações que fez ao se reunir com a diretoria da Gazeta do Povo ao planejar toda a mudança para o digital.

A empresa já estava inserida no online, mas o foco deixaria de ser a publicidade do jornal impresso para se tornar as assinaturas e anúncios online. Além disso, o bem mais valioso continuava sendo todo o nome e a marca construída pela Gazeta do Povo, só que agora com presença 100% digital.

Para a transição total para esse universo, a empresa decidiu procurar ajuda de um especialista em governança para a Nova Economia, termo utilizado para exemplificar as novas tendências de mercado e hábitos de consumo em um mundo cada vez mais digital. Anderson Godzikowski, advisor, chegou na empresa com essa missão. “A governança tradicional das empresas pesa. São fardos que conflitam com a inovação, com esse espírito aventureiro e com a ousadia do zero. Se fala muito em startups hoje em dia. Mas como ter a ousadia do zero quando você tem uma marca, uma credibilidade como a da Gazeta, com mais de 100 anos”, comenta.

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