Empreender e viver sob pressão são questões que caminham juntas, principalmente numa pequena empresa e quando há poucos recursos e muita necessidade de fechar as contas em jogo. Mas uma estratégia pode te ajudar a equilibrar esse desafio com resultados constantes: a sustentabilidade.
Só que há algumas armadilhas que podem te iludir sobre ser ou não um pequeno negócio sustentável, e este artigo vai te ajudar a entender esses desafios com sugestões para colocar a estratégia em prática da melhor maneira possível.
Como usar a sustentabilidade ao seu favor
Não dá para falar sobre isso sem pensar em “Como transformar a sustentabilidade numa premissa para a pequena empresa faturar mais e com mais consistência?”. No estudo de caso “Futuro Presente”, que conta a experiência de Reginaldo Morikawa e da Korin, o professor Orlando Nastri Neto te ajuda a entender melhor como isso acontece. Orlando tem mais de 10 anos de experiência em ESG (Environmental, Social and Governance), um termo ao qual você deve ficar atento desde já.
O primeiro aspecto é lembrar que já há uma vantagem a seu favor: o tamanho. É isso mesmo: empresas menores têm menos dificuldade de implementar mudanças se comparadas às grandes companhias, pois sua estrutura é mais flexível e não depende tanto de sistemas tradicionais, tendem ao hábito de pensar de maneira mais simplificada e isso favorece a relação entre seus processos e a cadeia como um todo.
O que não é sustentabilidade
Veja bem: isso não quer dizer que seja fácil, mas é relativamente menos custoso e os resultados podem ser mais rápidos. Então, que tal entender como aplicar a sustentabilidade como estratégia de fato? Elencamos alguns passos que podem te ajudar no início da sua nova forma de atuar. Porém, em vez de te dizer o que fazer, vamos falar sobre o que não fazer:
Cuidado para não cair na armadilha dos negócios verdes
Você já ouviu falar disso? Conforme o consumidor se torna mais informado, empoderado e exigente, algumas empresas enxergam nesse comportamento a oportunidade de tentar driblar a operação para se posicionar de maneira favorável. Não parece bacana, não é mesmo? E se trata de um erro grave, pois o cliente não é bobo. Reginaldo Morikawa sempre teve muita clareza que ter o que mostrar não significa enganar as pessoas, então, atenção ao comunicar que possui práticas sustentáveis, produtos saudáveis etc. se nos processos, insumos e dia a dia você não conseguir comprová-las. Marketing vazio é perda de dinheiro e fragiliza a marca.
Dimensionar o impacto sem considerar seus objetivos
Em vez de querer dar um passo maior do que sua estrutura permite, por que não repensar sua cadeia de fornecedores, priorizando aqueles que sejam locais, do seu bairro, cooperativas (que, por essência, conectam pessoas a clientes)? A sua comunidade, seus funcionários, devem ser os primeiros a valorizar seu negócio, pois a reputação se constrói nos detalhes, e também vai te ajudar a trazer diversidade de ideias e necessidades para que você crie soluções realmente adequadas ao seu público. A variedade de formações, histórias de vida e perspectivas vai te ajudar a inovar com mais consistência.
Desconhecer leis e tendências globais
Como o seu setor se regulamenta? Reginaldo Morikawa não só conhecia o contexto em que a Korin estava inserida como também se dispôs a promover conversas e relações para que a legislação de orgânicos fosse revista. E isso nasceu de pesquisas, de buscar atuar em conformidade com as tendências do mercado, implementar alternativas para oferecer uma cadeia produtiva adequada à saúde das pessoas, começando pelos próprios produtores. Não é porque você é pequeno que não pode olhar para metas que sejam na trilha do que o mercado está demandando.
Manter a visão da sua gestão desatualizada
O que você realmente observa ao analisar os pontos fortes do seu negócio? Ao incluir a sustentabilidade como norte para essa análise, é possível identificar diversos gatilhos que poderiam ser corrigidos com ações imediatas. Sabe como isso pode ser mais prático ainda? Quando se criam pequenas visões para cada setor da sua empresa a partir da visão global. Logo que assumiu como CEO, Reginaldo também decidiu rever todo o desempenho da Korin sob esse viés e, com base na filosofia de Mokiti Okada sobre a agricultura natural, concentrou cada equipe na produção de impacto positivo e redução de custos sem perder a qualidade dos produtos.
Pode até parecer um pouco complexo, mas temos uma boa notícia: você vai poder entender como tudo isso aconteceu na Korin a partir da história de Reginaldo. Ele também acompanhou a empresa desde sua fundação e, mesmo após anos como CEO, segue se preparando para mudar.
Você sabe que as mudanças são uma constante na vida do empreendedor, não é mesmo? Essa jornada é longa, mas os bons resultados te esperam logo ali.
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