Criar comunidades no ambiente digital pode ser uma excelente forma de gerar relacionamento, entender o que o consumidor deseja e aumentar a sua receita.


Quando o assunto é o universo digital, logo pensamos em conexões, não é mesmo!? Aliás, falando nisso, você se lembra do Orkut? Provavelmente sim ou ao menos já deve ter ouvido falar nele. Até hoje, a famosa e extinta rede social é lembrada por uma característica muito específica em que foi pioneira: as comunidades virtuais. E você sabia que essa premissa tem tudo a ver com uma estratégia de marketing muito atual e que pode gerar vantagens ao seu negócio no ambiente digital?

Comunidades e o digital

Se pararmos para pensar, desde os primórdios da internet comercial, nos anos 2000, passamos a descobrir novas fronteiras e nos conectar com o mundo com mais facilidade.

E a evolução digital não foi por acaso. O filósofo grego Aristóteles dizia que há uma tendência na natureza humana de viver em sociedade, pois somos seres sociais, que se legitimam a partir dos outros. Nos relacionarmos com outras pessoas contribui com a ciência, com nosso desenvolvimento emocional e tantas outras questões.

A vida em comunidades amplia nosso conhecimento e isso tem tudo a ver com os avanços da tecnologia e nosso apreço pelo digital. De certo modo, a internet tornou novas soluções mais acessíveis e, no mundo dos negócios, não é diferente.

No entanto, quando falamos de digital, há um risco que pode passar despercebido por muitos empreendedores: o alcance. A internet trouxe a possibilidade de nos conectarmos com um número enorme de pessoas, em tempo real, mas quando pensamos em marcas, esse é um tema que requer cuidados.

Transmitir uma mensagem para muita gente não quer dizer que sua estratégia será assertiva. Você pode estar desperdiçando verba e tempo, inclusive. Mas há uma alternativa no marketing digital que pode minimizar esses riscos, o marketing de comunidades.

Marketing de comunidades

Entender e trabalhar estrategicamente o relacionamento com uma comunidade pode gerar vantagens competitivas muito relevantes. Por exemplo, se você cria um modelo de negócio muito disruptivo, a proximidade e confiança da comunidade pode ajudá-lo a superar os desafios comuns de novos entrantes.

Em essência, a estratégia pressupõe que sua marca crie espaços de conversa, que permitam interações e trocas de ideias e opiniões sobre determinado tema, como seus produtos e serviços, a partir de dois objetivos: fortalecer o relacionamento com o público e seu engajamento.

Porém, antes disso, é fundamental ter muito claro qual é o seu nicho para estabelecer uma conversa adequada. Algumas alternativas para defini-lo são pesquisas de mercado, análise do histórico de vendas e até mesmo um bate-papo inicial com seus clientes. Ainda, é preciso mapear a jornada de compra do seu consumidor, com o intuito de entender suas dores (problemas), motivações e desejos, para entender o que de fato está buscando sobre o produto ou serviço oferecido.

Marketing de comunidades na vida real

Rogério Betti, protagonista do estudo de caso “Ao Ponto”, é categórico ao dizer que seu negócio é para os amantes de carne, não para os vegetarianos. E logo no início do perfil no Instagram que o despertaria para a oportunidade de seu negócio atual, ele percebeu que trabalhar com um nicho possibilitaria criar uma série de diferenciais competitivos para se aproximar do público.

Assim, ele foi criando eventos, experiências exclusivas, grupos no Whatsapp com fãs, principais clientes e segue trabalhando o Instagram como uma rede social que tem esse papel de alimentar a comunidade dos “churrasqueiros”.

Com a experiência de Rogério, é possível perceber que o marketing de comunidades não deve simplesmente transformar o digital e as redes sociais em uma vitrine da sua marca, mas ser uma iniciativa que envolve o público a partir de experiências que façam sentido ao seu momento, que gerem valor.

Sob o ponto de vista de gestão, isso também lhe permitirá ter feedbacks muito importantes para a melhoria de seus processos, produtos e serviços, de modo a atender as expectativas dos clientes de fato.

Criando comunidades na prática

Você pode seguir dois formatos, orgânico ou patrocinado, mas tome cuidado para não perder a legitimidade na relação com o público. Para isso, não se esqueça das seguintes premissas:

1. Tenha um propósito bem definido

2. Faça testes e crie um MVP para analisar o melhor formato para relacionamento

3. Desenvolva conteúdos que engajem as pessoas que participam da comunidade

4. Crie rotinas e recompensas acessíveis ao público (por exemplo, benefícios exclusivos)

5. Escale sua comunidade a partir de recomendações entre as pessoas

Um trabalho bem feito a partir dessa estratégia pode te trazer diversas novas oportunidades de negócio e expansão, como canais em que seu negócio ainda não atua.

Se você deseja entender melhor como atuar mais próximo do público e de que maneira é possível atingir a excelência nas experiências proporcionadas, confira o estudo de caso “Ao Ponto”. O empreendedor Rogério Betti tem muito a contribuir com o seu aprendizado sobre a gestão de negócios com o foco do cliente!