Todo empreendedor possui características, qualidades e fortalezas que são a sua marca registrada, que representam muito da forma como ele gere e comanda o negócio. Todos esses elementos somados fazem parte da “marca registrada” do empreendedor. No segundo episódio da história de Alexandre Borges, dono da Mãe Terra, vamos a fundo conhecer as fortalezas do empreendedor e a forma como ele encara a vida e o empreendimento.
Senso de propósito forte: o caminho do meio
Alexandre Borges defende muito a “verdade” e o propósito por traz de toda pessoa. Ele sempre teve muito claro em sua cabeça o que queria fazer (embora não soubesse ainda como fazê-lo): o ideal era trabalhar com algo que fizesse sentido a ele, que unisse alimentação saudável, mas que seguisse principalmente o conceito de “caminho do meio”.
Para Alexandre, é possível ter lucro, buscar a rentabilidade, mas isso pode andar junto com o propósito da empresa. Todo negócio precisa ser rentável e isso tem a ver, inclusive, com o conceito de capitalismo consciente. Mas o que significa essa expressão? É uma prática de condução do negócio pautada em valores que sejam benéficos a todas as partes, ou seja, o lucro é importante mas é possível aliar isso a consciência e prover bem-estar a todos, pensando sempre tanto no cliente quanto internamente, dentro da empresa.
O sonho de criança
No primeiro ano da faculdade, quando cursava Administração, Alexandre levou o pai, que era professor, numa feira de produtos naturais e orgânicos. Foi quando ele conheceu a Mãe Terra e teve seu primeiro contato com marca, que apresentava em um estande diversos produtos naturais. Por impulso, mencionou e tentou convencer o pai a comprar a empresa. “Na época, ele me achou um louco, pois o público era só de ‘natureba’. Mas aquilo ficou na minha cabeça”, comenta.
Em 1996, ao se formar, Alexandre foi para os Estados Unidos trabalhar na empresa Mastercard, do setor de pagamentos. Mas, na época, o jovem queria ter outra experiência profissional. Começou a trabalhar como caixa, no período da noite, na loja Whole Foods, rede multinacional de supermercados que comercializa produtos naturais. Os horizontes de Alexandre se abriram e ele viu a possibilidade de aprender cada vez mais com aquele modelo de negócio.
Em 2007, depois de empreender com dois negócios, o Flores Online e a consultoria Significa, que foi vendida a empresa Eldeman, foi o momento de concretizar o sonho e comprar a Mãe Terra. “Quando adquirimos a Mãe terra há 10 anos. Muita gente olhava pra gente com certa dúvida, mas eu tinha uma convicção. Você tem que dar vazão ao que te move. Você tem que fazer o que gosta. Eu via possibilidade de fazer algo que iria além do nicho, que poderia ir além”, comenta Alexandre.
A escassez pode ser a solução
Alexandre Borges revela que não ter dinheiro pode ajudar o empreendedor a pensar em soluções criativas para tomar determinadas atitudes ou ações. Muitas vezes possuir um capital robusto pode prejudicar e fazer com que o empresário não controle ao certo os investimentos causando rombos ou problemas para o negócio.
Fortalezas do empreendedor
Abaixo, fizemos um breve resumo de diversas características de Alexandre que se tornaram uma marca registrada do empreendedor:
Espírito consciente e propósito: como já falado, Alexandre possui uma forma de olhar para o seu negócio de forma que capte o todo, que seja lucrativo, sem deixar de ser sustentável. Os setes princípios da Mãe Terra são um exemplo dessa preocupação com o mundo e com o propósito da marca.
Seguiu um caminho diferente: Alexandre conta que foi estranho para muita gente o fato dele deixar de seguir uma carreira comum, com um futuro brilhante pela frente, visto que foi trainee em uma grande empresa, com experiência internacional. Numa época em que o termo empreendedorismo era pouco conhecido. Alexandre foi seguindo em frente até encontrar seu caminho e realizar o sonho de comprar a Mãe Terra.
Insights de Alexandre Borges
Abaixo, separamos frases inspiradoras de Alexandre Borges, que ele comentou durante a entrevista e bate-papo com o CEO do meuSucesso.com, Sandro Magaldi.
“Nunca abri mão dos nossos princípios, isso pro negócio iria construir uma marca que geraria confiança. A empresa gera confiança pro seu público”.
“Na vida você tem que ter um propósito, busque algo que faça sentido para sua vida”.
“As pessoas estão reprimidas e infelizes. Dentro das organizações, elas são diferentes de quando estão lá fora. Então esse caminho do meio tem que começar dentro de casa, na organização, na nossa cultura”.
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