O mercado de luxo se ergue e se consolidou a partir do refinamento das nossas necessidades básicas: alimentação, vestuário, moradia e lazer. A construção desse segmento se iniciou ainda na Grécia Antiga, porém estava associada à corrupção e colocar valor onde não havia necessidade. No entanto, a sociedade se transformou e os produtos de luxo se transformaram em sinônimo de desejo e qualidade.
Durante muitos anos, para garantir acesso a itens de grifes, brasileiros precisavam viajar para os Estados Unidos ou Europa. Hoje, não é preciso ir tão longe. De acordo com a Abrael (Associação Brasileira das Empresas de Luxo), ao menos 35 shoppings centers de luxo deverão abrir no Brasil até 2019, permitindo que as marcas cheguem até os novos milionários de São Paulo e Rio de Janeiro, que não são poucos. Ainda segundo a Abrael, a cada 24 minutos surge um novo milionário no Brasil e a cada semana um bilionário.
Além do número de shopping centers, as lojas de roupas e cosméticos voltadas para o setor de luxo também deverão quadruplicar até 2019. Mesmo com o cenário econômico pouco animador, esse nicho tende a crescer 15%, gerando 49 bilhões para o país. No ano passado, com a Copa do Mundo, o crescimento foi de 12%.
O crescimento do mercado de luxo no Brasil segue uma tendência global. As marcas que antes conversavam com apenas uma parcela dos consumidores decidiram expandir. Até a década de 1990, as empresas de luxo eram administradas especialmente por fundadores ou herdeiros. No entanto, essas companhias foram invadidas por executivos que não faziam parte do mundo da moda e sim das finanças. Com essa mudança, as empresas passaram a contratar designers mais jovens, aumentar a publicidade e abrir novas de lojas pelo mundo – incluindo mercados emergentes.
Como nasce um produto de luxo
As marcas de luxo geralmente trabalham reafirmando seu caráter tradicional, mas se valem do design para atrair consumidores modernos. O que eleva um determinado item à categoria de luxo não é apenas o preço ou a publicidade. Geralmente, o marketing constrói campanhas partindo da ideia de que o produto já é desejado.
Dificilmente você verá algo sendo anunciado como luxo, mesmo que seja vendido por milhares de dólares. A sofisticação parte do princípio da exclusividade e personalização, seja de um vestido ou de um jatinho particular. É preciso compreender que no mercado de luxo, o preço é apenas um indicador de que aquele item é único. O papel do marketing é saber explorar isso.
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