Muitas vezes é preciso enxergar oportunidades e entrar de cabeça!


Este artigo foi escrito pelo Marcos Rai, Embaixador do Universitários Acima da Média.

Eu não tinha dúvidas de que queria ser um analista de sistemas ou um programador. Em 2010 fiz meu primeiro curso nessa área, foi quando conheci Steve Jobs e Bill Gates, pelo filme Pirates of Silicon Valley – 1999. De imediato eu fiquei apaixonado pela história desses caras e principalmente como a tecnologia tinha o poder de transformar a vida das pessoas, foi então que em 2012 ao terminar o ensino médio decidi entrar para o curso de Sistemas de Informação, das Faculdades Integradas de Ourinhos – Fio.

A programação sempre foi a disciplina que mais me atraia e também mais me abria a cabeça para usar o raciocínio lógico. Foi através desse raciocínio que passei a olhar para o mundo de uma forma diferente, encontrei caminhos para realizar tarefas e resolver problemas que antes não saberia como resolver. Com o trabalho que desenvolvia dentro da sala de aula, fui convidado pelo diretor da faculdade para trabalhar com eles no departamento de T.I., na hora aceitei e tudo se desenrolava para que eu me tornasse um programador e depois um administrador de sistemas. Até que chegou o 6º semestre (penúltimo ano) do curso, e tive a disciplina de empreendedorismo, foi quando começaram os choques com os professores, além de eu ter me encontrado falando de empreendedorismo.

Choques esses que eram de ideias e de pensamentos. Esse meu professor ensinou empreendedorismo baseado em um livro e não na realidade do nosso mundo, então ele passava trabalhos sobre determinado assunto do livro e eu fazia completamente o oposto, ele pedia que baseássemos nossa apresentação no que o livro dizia, mas eu pegava e trazia o mesmo assunto baseado no mundo dos empreendedores atuais. Longe de mim falar que esse não é um bom professor, porque ele também me ajudou muito, principalmente quando nos deu um trabalho para criar uma Startup simulando uma rodada de investimentos em sala, onde ele nos desafiou a fazer pitch e todo o restante.

Mas, neste ano, minha namorada veio com a ideia de fazer bolos para encomendas, aniversários e festas, foi quando eu trouxe para ela a questão "Por que você não faz também bolos para vendermos na rua?" – ela está apenas no 3º ano do ensino médio e gostou da ideia. Foi quando nós entramos de cabeça na área de vendas.

Hoje estamos todos os dias nas ruas de Ourinhos – SP, vendendo esses bolos, já pensando em como vamos expandir isso e onde podemos chegar, até porque sozinho na rua, a cada semana, estou aumentando o número das vendas. Atualmente já estamos nos aproximando de 100 bolos na semana e há apenas 3 semanas nas ruas. 

Quem conhece ou trabalha com T.I. sabe que nessa área, todos seguem padrões. Padrões de boas práticas de códigos, padrões de comunicação, entre muitos outros, pois eles facilitam o trabalho quando se tem uma alta rotatividade dos funcionários. Mas, mais uma vez, eu estava querendo contrariar a todos: eu não gosto desses padrões.

Entretanto muitas habilidades que preciso para realizar as vendas não aprendi dentro da sala de aula. Somente o dia a dia nas ruas me proporcionou a experiência de saber lidar com isso, como por exemplo, a comunicação com as pessoas, ouvir o que elas saem falando, a postura, mas acima de tudo: o trabalho em equipe que eu e minha namorada temos, que não tive em experiências dentro da sala, por mais que a universidade tente nos ensinar a como lidar com o dia a dia nada substitui a experiência real.

Quando falo sobre o que aprendi na universidade, logo as pessoas pensam "Como algo que se aprende em T.I. pode ajudar em vendas?", eu digo que ajuda muito. Mas acredito que a maior das lições na universidade e na área de T.I como um todo é que qualquer um pode ser muito bom no que faz. Na maioria dos casos, os profissionais de T.I. são pessoas muito introspectivas, por serem tímidas ou por não gostarem de aparecer demais, entretanto são excelentes no que fazem, pois tem um foco e uma determinação incríveis. Sabendo que qualquer um é capaz de ser bom em algo, passei a ajudar minha namorada a ajudá-la a descobrir-se no que é boa e essa experiência proporcionou a ela que encontrasse o que realmente queria fazer, além de ser algo que faz seus olhos brilharem.

Todo esse processo universitário, por mais que hoje esteja meio de lado, me ajudou muito a encontrar essa oportunidade de vender doces e a oportunidade ainda maior de ser um mentor na vida de minha namorada inspirando-se em mim e nas minhas decisões – boa parte de minha formação como indivíduo, devo à Universidade. Mas é como Steve Jobs disse: "Você não consegue ligar os pontos olhando para a frente; você só consegue ligá-los olhando para trás e vemos o desenho que a vida formou".

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Universitários Acima da Média (UAM)

Somos uma equipe de jovens universitários diferenciados (54 Membros em 15 Estados) ,famintos por conhecimento e conteúdo fora da sala, buscando incansavelmente a mudança dentro de nós, e logo, mudando o mundo. Queremos provocar, inspirar, capacitar e conectar jovens universitários através do desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora