Muitas vezes agimos apenas com a emoção e esquecemos de analisar a longo prazo


Diga não ao seu coração! Você deve estar pensando que agora sim, o Bruno enlouqueceu de vez. Vai contra basicamente tudo que normalmente se escuta – Siga, seu coração, ele sabe a resposta – praticamente vemos isso em filmes e palestras por tudo que é canto. Eu sei, mas também a maioria dos empreendedores fracassa, não é? Entre 8 e 9 deles não acabam fechando seu negócio, certo?

O senso comum, como este, é errôneo e causa muitas vezes estragos fenomenais na vida das pessoas.

Mas vamos lá, em primeiro lugar, eu não sou um antirromântico, e não estou falando sobre você fazer ou não aquilo que gosta, apenas quero compartilhar com você uma constatação científica simples para lhe ajudar a tomar decisões. Exatamente, a palavra é DECISÕES, não estou falando aqui de você fazer o que detesta, ou de não se sentir bem com suas atividades. Estou me referindo a aquelas encruzilhadas da vida em que precisamos tomar uma decisão – E agora, o que eu faço?

Você deve ter estudado que na ciência elementar o coração na verdade é o órgão que bombeia sangue, ele não pensa e muito menos consegue tomar nenhuma atitude. Nesse sentido que nos referimos, o que seria o coração? Na verdade, são algumas partes no seu cérebro reptiliano que disparam estímulos de prazer, como por exemplo, aquela sensação maravilhosa de uma primeira mordida em um churrasco.

Agora vamos analisar o que acontece. Esse é o seu cérebro animal mais antigo e que não raciocina. Ele basicamente quer comer, beber, fazer filhinhos e por ai vai…tudo instinto. Quando é o momento da decisão essa parte do cérebro tem apenas dois objetivos: se livrar de um problema ou buscar o prazer da forma mais imediata possível.

Portanto reflita um pouco, a forma de prazer mais imediata possível, é a melhor? É normalmente aquela que gera boas consequências no futuro?

Geralmente não, principalmente no empreendedorismo em que toda decisão tem consequências imediatas e futuras. Você JAMAIS deve tomar qualquer posição pensando apenas no resultado momentâneo – a não ser que você queira ter uma empresa com a duração de um halls. Afinal é fundamental pensar nos próximos passos e o que cada situação pode acarretar.

E quando alguém fala – “Siga o seu coração para tomar a decisão” o que a sua mente está entendendo é “vai lá, faz o que te dá mais prazer agora e que se exploda o futuro”. E, infelizmente, é o que acontece na maior parte das vezes.

Você precisa usar a parte racional da sua mente, que analisa possibilidades e consequências para determinar o que fazer ou não. O empreendedorismo depende de você saber onde quer chegar, como vai fazer isso, o que as suas decisões poderão acarretar, o pensamento está sempre no presente e futuro… E as decisões de coração normalmente só refletem o presente.

Novamente, não estou falando de forma alguma, que você deve esquecer do que ama e sente orgulho. Isso é fundamental e deve ser levado em conta, mas dentro de uma análise do que você está querendo atingir no futuro, o que as determinadas ações poderão refletir nos próximos períodos… e para isso seu coração é, infelizmente, seu inimigo, pois ele está cego, surdo, mudo e paraplégico pelo imediatismo. Infelizmente, não temos nenhuma história de sucesso para contar de uma pessoa que tomou apenas decisões assim, sem pensar no futuro.

Eu sempre alerto o pessoal que empreende ou se encaminha para esse universo: “o empreendedor que não pensa a longo prazo, possivelmente não estará nele”.

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Bruno Perin

Bruno Perin, empreendedor, consultor, palestrante e escritor. Graduado em administração de empresas pela UFSM, especialista em Marketing Experience, pesquisador em Neuromarketing e Startups. Integrante do grupo dos 200 maiores talentos brasileiros pelo Virtvs Group, é referência marcante da nova geração no marketing, sendo responsável por várias campanhas impactantes nas redes sociais em 2011/12. Com experiências em palestras nacionais e internacionais, é considerado fomentador do empreendedorismo e da disseminação do conceito de startup no país. Conectado com os mentores desse tipo de programa no mundo, estuda o implemento e o funcionamento das startups, sendo apontado como evangelista da Geração Y/Z. É o grande nome do Neuroempreendedorismo no Brasil e um dos maiores incentivadores atualmente.