Momentos de crise costumam assustar a maior parte da população, que prefere buscar garantias e evitar riscos. Mesmo no mercado, a cautela acaba se sobrepondo à disposição de ousar. Uma pena. Embora, de fato, tragam dificuldades, épocas de crise podem representar grandes oportunidades, principalmente para empreendedores.
A pesquisadora Giedre Vasiliauskaite, professora do Master in Consultancy and Entrepreneurship, programa da Universidade de Rotterdam com o Inepad, destaca que o passo inicial para momentos como esse é pensar criticamente. "Mesmo que à primeira vista possa parecer um pouco teórico demais, o pensamento crítico pode ajudar de diversas formas. O processo de reflexão permeia todas as ações e decisões", afirma.
"Empresários estão expostos a uma quantidade imensa de informação verbal e, as respostas a essa enorme quantidade de estímulo deveriam ser concisas, informativas e persuasivas. No entanto, em alguns casos, apesar de os executivos terem ideias brilhantes, as mesmas acabam se perdendo em meio à confusão verbal e gera a falha no processo de recepção do conteúdo transmitido para os ouvintes", complementa Giedre.
Com essa percepção, fica mais fácil de buscar soluções para as próprias dificuldades e também criar oportunidades propondo saídas para problemas enfrentados por outras pessoas. Por exemplo: o dólar alto vai representar aumento de custos para muitas empresas que precisam importar insumos. Que tal criar um negócio que atenda a essa demanda?
Existem no Brasil vários exemplos de empreendedores que criaram negócios e prosperam em tempos de crise. O próprio Flávio Augusto da Silva, fundador do meuSucesso.com, criou a Wise Up em um contexto pouco favorável para o investimento. Outro exemplo é Marco Stefanini, fundador da Stefanini IT Solutions, multinacional de origem brasileira que atua em mais de 30 países. A empresa foi fundada em 1987, durante um dos momentos mais críticas da economia brasileira.
Inovação
As dificuldades impostas pela crise também podem funcionar como impulsos para a inovação. A necessidade de reduzir custos é uma grande oportunidade para aperfeiçoar métodos e criar mecanismos novos que ajudem a otimizar o trabalho.
Bons exemplos de inovação para enfrentar situações de crise são as iniciativas de empresas paulistas para contornar a falta de água. A fabricante de medicamentos Bayer, por exemplo, investiu em um sistema que despoluiu a água do rio Sarapuí, para que pudesse ser utilizada em seus processos de fabricação. Isso criou uma nova fonte de abastecimento e reduziu os gastos com água potável fornecida pela companhia de abastecimento oficial.
E você: o que está fazendo para driblar a crise? Pense criticamente, avalie e ponha a mão na massa.
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