O mercado de games tem crescido bastante no Brasil. Só em 2014, gastamos 1,2 bilhões em jogos eletrônicos em diferentes plataformas e a previsão é de que este mercado cresça 15% anualmente no país, o dobro que o estimado para o mercado global, criando um cenário perfeito para quem deseja iniciar um negócio na área. E um dos motivos para esse crescimento no país é a força de novos empreendedores nacionais que têm apostado na área.
Bastante plural, o mercado não se restringe apenas a aparelhos e jogos tradicionais. Os empreendedores Fábio Nascimento e Glaucia Gregio, por exemplo, souberam aproveitar o momento e lançaram um sistema de pagamentos para jogos virtuais, a E-Prepag, e também a Habbo, moeda utilizada no mundo virtual. A primeira empresa funciona como uma operadora de câmbio que permite a troca de dinheiro virtual por reais. Para se ter ideia, a E-Prepag movimentou quase 32 milhões de reais em 2013.
Não é só entretenimento
A E-Prepag é apenas um exemplo de como os games estão ganhando espaço. Essas startups ligadas a jogos digitais não estão apenas gerando emprego e renda, mas também promovendo a inovação tecnológica e compensando anos de atraso. Além disso, são impulsionadoras de outros setores da economia criativa, como a publicidade, ou setores de Recursos Humanos. Estima-se que 70% das 2.000 maiores empresas do mundo usem jogos eletrônicos para treinar seus funcionários e fazer campanhas para aumentar a produtividade no trabalho.
Na educação
A educação também faz um uso positivo dos jogos. Professores acreditam que os games aumentam a interação do aluno e facilitam o aprendizado, assim, editoras que produzem material didático estão cada vez mais interessadas em desenvolver produtos que assimilem a tecnologia.
O mercado
De acordo com levantamento do BNDES, as empresas brasileiras de games estão concentradas, majoritariamente, em São Paulo, que é seguido pelos estados do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Na região Nordeste, Pernambuco se destaca pela existência do Porto Digital, que agrega diversas empresas de tecnologia. Campina Grande, na Paraíba, também é outro centro importante.
“A indústria de jogos digitais está passando por uma transformação disruptiva, o que abre espaço para novos entrantes de países sem tanta tradição”, afirmou o pesquisador Luiz Sakuda, que participou do estudo do BNDES. Ele lembra que possuímos bons cursos para formação em jogos digitais. No entanto, os profissionais mais experientes e especializados estão trabalhando no exterior.
O mercado de trabalho
“O mercado de trabalho apresenta desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Ao mesmo tempo em que as empresas do setor sofrem com a carência de profissionais experientes, os profissionais recém formados em cursos específicos do setor sofrem com a baixa oferta de posições”, diz o estudo do BNDES.
O público
Se antes os usuários de games eram considerados majoritariamente jovens do sexo masculino, hoje essa amostragem abrange crianças muito pequenas, mulheres e até idosos.
Novos dispositivos
Outro fator que abriu espaço para o uso dos jogos digitais foi a ascensão dos smartphones, tirando a restrição imposta pelos consoles e abrindo espaço para diferentes usuários.
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