Empreendedorismo

Insight Lite: como construir um mercado do zero

Por 08/05/2015 agosto 1st, 2019 0 comentários

Primeira e única fabricante de réplicas de ossos na América Latina é exemplo de atitude


Como uma fábrica de barcos se tornou a primeira – e única, até hoje – fabricante de réplicas de ossos na  América Latina? Uma série de fatores envolve essa história, mas uma palavra pode resumi-la: atitude. Recém-formada, a empreendedora Fabiana Franceschi, junto ao marido, Paulo Costa Silva, tinha o sonho de criar uma indústria de embarcações. Mas uma oportunidade no meio do caminho virou o leme. Eles a agarram e hoje não têm nenhum motivo para se arrependerem de terem deixado a ideia náutica para trás.

No Insight Lite desta semana, Sandro Magaldi entrevistou Fabiana, literalmente no chão da fábrica. Na Nacional Ossos, a conversa foi sobre como o casal iniciou e transformou o negócio em referência mundial (hoje só existem três indústrias iguais no mundo. Os outros dois estão nos EUA e na Suíça). Uma história inspiradora para quem empreende ou quer empreender.

Depois de se formar no curso de Egenharia Naval, Fabiana resolveu que abriria uma fábrica de pequenos barcos. O negócio chegou a sair do papel e foi tocado durante alguns anos por ela e o marido. Paralelamente, os dois começaram a produzir peças artesanais com um dos materiais utilizados na produção dos barcos, a resina. Com o dinheiro levantado com a venda de anjinhos e outros produtos da mesma linha, investiram no aperfeiçoamento do negócio de barcos.

A primeira empresa de Fabiana e Paulo estava se estruturando e tinha boas perspectivas. Mas uma proposta feita por um cliente que conheceu o trabalho do casal com artesanato mudou tudo. Tratava-se do dono de uma fábrica de próteses ósseas, que viu os anjinhos vendidos pelos dois em feiras populares, gostou e lançou um desafio: produzir um osso com a mesma técnica das peças de coração.

Ali, Fabiana e Paulo descobriram seu grande negócio. Primeiro, toparam o desafios e foram aprender como fazer a peça solicitada. Depois, encontrar o material que o cliente queria: poliuretano (até então, eles trabalhavam com fibra de vidro e resina). Fizeram, entregaram a primeira encomenda e, dali por diante, não pararam mais.

Novos pedidos apareceram e eles foram desbravar o mercado. Descobriram que quase ninguém fazia aquele tipo de produto no mundo e havia uma grande demanda reprimida no Brasil. De porta em porta, foram visitar outras fábricas de próteses ósseas. Mais tarde, vieram as escolas e faculdades, os médicos, os estudantes.

Hoje, a Nacional Ossos vende para mais de 35 países e está consolidada. Seu produto é fundamental para o ensino e o aprendizado em escolas de saúde. Os ossos também evitam que os estudantes precisem recorrer sempre a ossos reais, muito mais difíceis de se conseguir e, muitas vezes, comercializados de forma ilegal. Para as empresas que produzem próteses e precisam fazer demonstrações e testar novos produtos, as réplicas são bastante úteis e, fabricadas no Brasil, reduziram bastante os custos.

Veja a aula completa: https://meusucesso.com/conhecimento/cursar/insight-lite-19/?aula=118

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