Veja 8 comportamentos para colocar em prática o valor do feminino dentro das organizações


Há muitas coisas que são capazes de nos inspirar no dia a dia, algumas são breves pausas que resultam em grandes reflexões. Nas últimas semanas houve várias pausas, provocadas por jornalistas que me entrevistaram, por amigos que me lembraram de situações vividas e por uma sequência de vídeos que me emocionou profundamente, tão fundo que fez a minha alma estremecer…
 
Há um tempo desenvolvo um trabalho específico para mulheres, encontros onde estimulamos (está no plural porque é assim mesmo, no coletivo: somos três facilitadoras e quem participa também interfere na dinâmica) valores da essência do feminino: o ato do compartilhar, do ouvir, do expressar, do cuidar e o do fluir. Está incluso nos projetos da Thempero porque o ato de cocriar parte de princípios basicamente femininos, que não tem relação com gênero ou sexualidade, explico: todos nós, homens e mulheres, possuímos dentro de nós a dualidade: o feminino e o masculino ou Yin e Yang para os orientais ou mesmo a simbologia da Lua e do Sol.
 
A questão é que na sociedade atual, os valores de masculino são e foram considerados por muito tempo como o certo a ser feito, exemplo: a lógica presente em tudo, o objetivo, o resultado, o controle da situação. Então, ao longo do tempo, abandonamos ou minimizamos o outro componente que também faz parte de todos nós.
 
A reflexão mais profunda veio quando eu assisti este vídeo “A humanidade em mim"
"As pessoas são preparadas para lidar com máquinas, não aprendemos a lidar com o outro, com seus conflitos, medos e desejos".
Se eu pensasse no negócio, só no resultado e que aquela pessoa iria deixar a gente na mão, eu teria dito não… e eu disse sim, porque meu coração falou mais alto."
 
O mais engraçado é que me lembrei de uma aula que eu tive com o brilhante José Carlos Teixeira da Escola de Marketing Industrial, onde ele já instigava (isso na década de 90) os alunos a pensarem e a produzirem serviços com excelência. Naquela época, ele dizia: – "Existe uma especialista em serviço, a maior de todas, aquela que conhece muito sobre como cuidar do cliente, preza pelos mínimos detalhes do serviço que oferece, que conhece o cliente profundamente, sabe o que ele gosta, entende seus receios e compartilha sua visão de futuro”.
 
Daí ele fazia o maior suspense! Na sala, todos acreditavam que ele iria citar o nome de algum administrador mundialmente conhecido (que é praxe nas aulas de MBA) ou algum autor específico, mas que nada, lá vinha ele com um sorriso maroto e dizia: – “A sua mãe! Simmmm (nessa hora, a voz era bem reverberante), a sua mãe sabe como cuidar do cliente! Toda vez que você tiver alguma dúvida em como resolver um problema relacionado ao serviço que está criando ou administrando, pense como sua mãe resolveria o problema!”.
 
Claro que todos riram, mas a mensagem ficou impressa: o ato do cuidar, a atenção aos detalhes, o olho no olho, a compreensão e a empatia. Lembro-me daquela aula como se fosse hoje, uma baita reflexão que ainda me guia.
 
Neste raciocínio, considerei e listei 8 comportamentos para colocar em pratica o valor do feminino dentro das organizações. Segue:
  1. Quando você para o que está fazendo e escuta com atenção quem te pede ajuda;
  2. Quando você pratica hábitos como cuidar, integrar e humanizar;
  3. Quando você acredita no potencial do outro independente do resultado esperado;
  4. Quando você compartilha suas emoções, dores e conquistas;
  5. Quando você compreende o erro e gera espaço para que o outro se movimente;
  6. Quando você utiliza a ponderação para tomar uma decisão;
  7. Quando você valoriza a conversa porque há aprendizado na fala do outro;
  8. Quando você acolhe a dor do outro na prática da empatia;
Escutar, estimular, trocar, criar e incentivar. Quando cocriamos, passamos por estas 5 fases. Cocriar é passar pelo caos para então concluirmos algo, é o estímulo constante do equilíbrio entre duas forças: uma que abre para diversas possibilidades e outra que fecha e define uma rota. O equilíbrio entre Yin e Yang, o feminino e o masculino. Dualidade presente no Universo, os opostos complementares que dependemos para nossa existência.
 
#ficaadica: estimule o seu feminino para conquistar o equilíbrio! 

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Luciana Kimi

É especialista em Gestão Colaborativa, Design de processos e negócios. Entende que a vida é uma prática de constante transformação, por isso mantém o ayurveda como filosofia e a paixão pela dança e pela arte como fontes de inspiração. É mãe de uma menina linda, atualmente seu maior tesouro