Aposto o que você quiser. Em algum tempo da sua vida você já teve o desejo de mudar o mundo, de transformar a realidade à sua volta e de deixar a sua marca por aqui. Acertei? Lá pelas tantas, alguém tentou convencê-lo de que essa é uma tarefa impossível e que você não pode mudar o mundo. E aí você se deu conta de que a Terra gira independente da sua presença, que você é só mais um nesse balaio de gatos e que deve cuidar da sua própria vida antes de querer cuidar da dos demais. Acertei de novo?
Pois é. Dizem por aí que não podemos mudar o mundo. Em contrapartida, nunca se falou tanto em como o mundo vem mudando em um ritmo tão veloz. Gestão da Mudança virou, inclusive, uma disciplina exclusiva dentro da Administração. O grande paradoxo dos tempos atuais é que, ao mesmo tempo em que querem convencê-lo de que você não pode mudar o mundo, exigem que você seja um profissional flexível e adaptável a – pasmem! – mudanças.
Ora, as coisas mudam porque as pessoas mudam. Alguém dá um passo à frente e os outros vêm depois. Somos todos agentes de mudança, tenhamos consciência ou não. O legal é que quando nos damos conta disso, nosso papel se torna muito mais relevante – e os impactos das nossas ações muito mais significativos. Da próxima vez que alguém lhe disser que você não pode mudar o mundo, não dê ouvidos. O mundo está sempre mudando, e eu, você e todos nós afetamos e somos afetados por essa contínua mudança.
Querer mudar o mundo é um desejo saudável e totalmente necessário. Quer saber mais? As melhores empresas, como o Google, procuram identificar justamente essa característica em seus processos de seleção. Eles desejam atrair gente que quer fazer a diferença – e é assim que, de fato, eles fazem a diferença.
Particularmente, quando tive a ideia de lançar o Administradores.com, vislumbrei a possibilidade de contribuir para o avanço da área de Administração em nosso país. Dez anos depois, essa ideia inicial se transformou em um veículo de difusão e troca de conhecimentos que atinge mais de 4 milhões de pessoas por mês.
Sempre tive total consciência de que as redes sociais, os grupos de discussão e os sites especializados geram possibilidades imensas e concretas de crescimento. Cada vez que alguém se debruça sobre uma discussão e exercita sua capacidade de argumentar e expor opiniões, cresce um pouquinho. É algo que nos aproxima do que o filósofo tunisianio Pierre Lévy cunhou de "coletivo inteligente". Essa atividade foi – e continua sendo – fundamental na minha formação profissional, pessoal e intelectual de maneira geral. Participar de grupos de discussão, comunidades e páginas do Facebook e escrever artigos, por exemplo, são formas diferentes de se construir conhecimento – algo que a simples frequência às aulas tradicionais não alcança, e não chega nem perto. Se conseguirmos estimular isso de alguma forma, estaremos contribuindo para a formação de pessoas melhores, pessoas que serão melhores em suas organizações e organizações que serão melhores em nosso mundo.
Pode até parecer um discurso idealista, utópico, uma luta contra os moinhos, mas é a forma que encontrei de atirar as estrelas de volta ao mar – e de trazer mais
pessoas para essa caminhada.
E você, o que tem feito para mudar o mundo?
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