Em casos extremos, o acúmulo de dívidas tributárias pode acabar levando a empresa à falência


Em qualquer lista de fatores necessários para o sucesso de uma empresa, estarão coisas como investir em treinamento e aperfeiçoamento da equipe, pesquisa, inovação e estratégia. Mas, no Brasil, sobra pouco tempo para isso. E aí, quem quiser mesmo se diferenciar, precisar se desdobrar em mil para dar conta de todas as tarefas. No dia a dia, assuntos operacionais tomam a maior parte do tempo e um dos pontos mais críticos é o tributário. De acordo com uma pesquisa da Nibo, empresa especializada em gestão financeira para PMEs, divulgada no final do ano passado, 70% da gestão das empresas desse nicho é comprometida pela burocracia tributária.

Entre outras coisas, a pesquisa mostra dois dados bem alarmantes. O primeiro é o fato de 25% dos empresários não saberem qual é o saldo da conta bancária da sua empresa. O outro é que, dos empreendedores que fazem sua gestão financeira manualmente, sem o auxílio de softwares, 50% não sabem ou têm apenas uma ideia vaga de quanto têm em caixa para o cumprimento de obrigações fiscais.

O problema começa pela quantidade de tributos que precisam ser pagos. Dependendo do tipo de negócio, pode ser necessário quitar dezenas de obrigações. E aí não é difícil que uma empresa com uma gestão contábil precária ou inexistente passe batida por algum deles. 

Nos últimos anos, uma série de iniciativas têm tentado desburocratizar o sistema tributário brasileiro e já existem opções que facilitam bastante a vida de pequenos e micro empreendedores, como o Microempreendedor Individual (MEI) e o Simples Nacional. Mesmo assim, ainda há muito por ser feito e empreendedores dos mais variados segmentos continuam à espera da tão sonhada reforma tributária.

Os prejuízos

Devido à alta burocracia tributária, além de desperdiçarem tempo e dinheiro, as empresas estão expostas ainda a uma série de outros riscos. O primeiro deles é o de cometer falhas na prestação de contas junto ao Fisco e os demais órgão responsáveis pelo recolhimento de obrigações tributárias, gerando multas ou até mesmo processos.

As falhas geradas pela alta burocracia também podem bloquear a operação da empresa. Em muitos casos, o não cumprimento de algumas obrigações tributárias pode impedir uma organização de fechar contratos e realizar empréstimos, por exemplo.

Em casos extremos, o acúmulo de dívidas tributárias pode colocar a empresa a uma situação de difícil reversão e acabar levando-a à falência.

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