O termo compliance é da língua inglesa, mas foi incorporado dessa forma no vocabulário de gestão brasileiro. Em tradução literal, significa observância de alguma norma ou acordo, ou fazer valer uma vontade ou comando. No sentido corporativo, "comply" quer dizer agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, uma ordem ou um pedido. Assim, estar em compliance é estar em conformidade com regulamentos internos e externos à empresa.
No livro Compliance 360º, os autores Ana Paula P. Candeloro, Maria Balbina Martins de Rizzo e Vinícius Pinho exploram o tema, introduzindo o assunto como um mecanismo eficiente na condução de negócios. A ideia exposta na introdução do livro é que compliance é uma forma de fazer valer a missão, visão e valores da organização, ocasionando o crescimento da empresa, levando em conta o seguinte:
- Missão: a finalidade para a qual uma instituição existe, consistindo nas respostas especialmente às perguntas "quem somos, o que fazemos, por que fazemos?"
- Visão: a imagem que a empresa tem e quer ter de si mesma, projetando isso também para o futuro.
- Valores: a cultura organizacional.
Estar em compliance é colocar em prática esses três aspectos norteadores na condução dos negócios e do gerenciamento de uma organização.
Os desafios
Manter uma instituição em conformidade, portanto, significa atender aos normativos dos órgãos reguladores, de acordo com as atividades desenvolvidas, bem como dos regulamentos internos. Um bom compliance significa boa gestão e bons negócios. Segundo o livro supracitado, saber disso é entender essa prática como "uma ferramenta que as instituições utilizam para nortear a condução dos próprios negócios, proteger os interesses de seus clientes e salvaguardar seu bem mais precioso: a reputação".
Assim, de forma sintética, trata-se de "um conjunto de regras, padrões, procedimentos éticos e legais, que, uma vez definido e implantado, será a linha mestra que orientará o comportamento da instituição no mercado em que atua, bem como as atitudes de seus funcionários", segundo pode ser lido em Compliance 360º. Utilizar esse mecanismo significa diminuir riscos de imagem e riscos legais que podem atingir empresas no exercício de suas atividades. Por isso manter compliance significa também incluir os processos utilizados na organização, o que eleva o mapeamento e gestão de processos a um outro patamar de importância, dentro dessa lógica.
As vantagens de estar em compliance interna e externamente – e esse segundo aspecto corresponde às boas práticas e padrões atuais – se traduzem no destaque da empresa como séria e reconhecida no mercado de forma positiva. À vantagem competitiva se junta a credibilidade, que permite o desconto em linhas de crédito, valorização interna da organização, melhor retorno de investimentos, e outros. A existência de um profissional que se dedique a analisar e encontrar formas de manter a empresa em compliance é muito importante enquanto ferramenta de gestão, portanto. Independente da presença ou não desse profissional, a manutenção de compliance deve estar nas mãos da alta administração da instituição em questão.
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