Alguns registram até crescimento em relação a anos mais fáceis


Quando uma crise econômica se instala, é inevitável: todos os setores sofrem as consequências, porque os mercados estão cada vez mais imbricados e as dificuldades acabam tendo um efeito em cadeia. Mas isso não se dá de maneira uniforme. Uns sofrem mais que os outros. E mais: alguns negócios estão mesmo é lucrando com o momento difícil, graças à visão de empreendedores que têm a valiosa habilidade de enxergar oportunidades onde só se vê pessimismo.

Afinal, quem está lucrando e quem está sofrendo com a crise? No ano passado, a revista Exame publicou uma matéria em que lista 20 negócios que continuam crescendo, mesmo com o momento difícil. Na reportagem, são citadas diversas empresas nacionais, de diferentes setores. Em comum, elas têm: gestão disruptiva e inovação como princípio.

E esse parece mesmo ser o grande segredo para se sobressair e ir na contramão do pessimismo. Negócios enxutos, com baixo custo, de alto potencial de resultados, escaláveis e que conseguiram construir uma relação com seus públicos que vai além da mera troca comercial têm se mantido firmes. Alguns registram até crescimento em relação a anos mais fáceis para a economia.

A Tostex, por exemplo, é uma rede de franquias especializada em sanduíches tostados. Nascida no interior da Bahia, a companhia tem aproveitado a crise para conseguir novos pontos comerciais com melhores negociações e se expandir. 

Outra empresa citada pela Exame é a Printi, que oferece serviços gráficos pela internet. A oportunidade que a tem feito se destacar na crise está, justamente, na redução do orçamento das empresas. Com menos dinheiro para investir em impressões, as companhias enfrentam dificuldades com as gráficas tradicionais, que não costumam aceitar pedidos de pequenas tiragens.

Na contramão, a indústria vem sofrendo bastante com os efeitos da crise. Além do impacto causado pelo fim dos subsídios oferecidos pelo governo nos anos anteriores, as empresas têm registrado baixa na demanda.

Alguns negócios na área de comunicação também enfrentam dificuldades, pois a área costuma ser uma das primeiras a sofrer cortes quando as companhias precisam enxugar o orçamento. Um exemplo disso é que, entre os cargos que têm perdido mais vagas nos últimos meses, estão social media, desenvolvedores de sites, gerentes de marketing e outras posições relacionadas a essas áreas.

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