Apesar de polêmica, a tendência não deve desaparecer tão cedo


Eis um fenômeno próprio deste século, diretamente ligado à consolidação da geração Y como força de trabalho predominante. A consumerização é o termo utilizado para designar o hábito de utilizar dispositivos como notebooks, tablets e smartphones tanto para uso pessoal quanto corporativo. A prática é recente, estritamente ligada à cultura geracional da época e ainda suscita muitas discussões.

É importante ressaltar, antes de tudo, que alguns especialistas fazem uma diferenciação entre consumerização e BYOD (Bring Your Own Device, que, em português, significa Traga Seu Próprio Dispositivo). No primeiro caso, o dispositivo pertence à empresa. No segundo, pertence ao profissional. Outros estudiosos preferem usar apenas consumerização para se referir ao fenômeno como um todo.

Na prática, as políticas que devem reger o uso são similares, pois a situação não muda muito de figura de um caso para o outro quando o que está em jogo são a segurança da informação da companhia e, ao mesmo tempo, a privacidade do colaborador.

Veio para ficar

Apesar de polêmica, a tendência não deve desaparecer tão cedo. Pelo contrário: conforme a geração Y aparece com mais força no mercado, trazendo consigo sua característica necessidade de conexão tecnológica e a predominância de uma cultura voltada para a informação, mais se consolida a consumerização. 

Por causa desse movimento cultural, o conceito de consumerização se tornou realidade e trata justamente da derrubada da barreira entre pessoal e profissional no uso de tecnologias. Adotar a prática para facilitar os processos de trabalho se tornou uma prática natural e intuitiva para esse novo perfil de trabalhador.

Essa prática, porém, demanda adaptações por parte das empresas, sem as quais o modelo pode deixar de ser benéfico ou gerar um espaço de desconexão entre colaborador e empresa. Departamentos de TI e Recursos Humanos, por exemplo, devem estar atentos a essa tendência, para melhor controlar a tecnologia dentro e fora da empresa, especialmente quanto à segurança da informação, uso correto de softwares, monitoramento de atualizações, fiscalização de conteúdos impróprios, investimento em infraestrutura para dar suporte a essa cultura, entre outras questões.

Perigos

A consumerização traz  alguns riscos para a empresa relacionados à perda de dados, que deixam de estar sob completo controle do TI. Não há como fugir desse movimento. Mas, justamente por isso, saber lidar com a questão é imperativo para uma empresa que deseja permanecer no mercado e continuar crescendo. 

Cabe à liderança da organização buscar formas de usar essa realidade em seu favor. É necessário  pensar estrategicamente, envolvendo o RH na definição de limites claros sobre o que é ou não permitido com relação ao acesso à informação no dispositivo móvel pessoal, de forma que a política interna com relação ao assunto seja amplamente conhecida e entendida.

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