O que você veste representa a sua identidade. E as marcas sabem disso!


Acessórios, peças de roupa, maquiagem, óculos e os mais diferentes itens que compõe o vestuário de alguém representam mais do que a forma de se vestir, muitas vezes estão relacionados à identidade e à personalidade da pessoa.

O mercado de moda sabe disso e muitas marcas vendem mais do que acessórios, sapatos ou vestimentas, o que é comercializado é a experiência que é proporcionada pelo produto. O símbolo, logo, design e até mensagens introduzidas nesses produtos dão forma e geram valor ao que está sendo vendido.

Há milhares de exemplos de marca que souberam conversar com o seu público e venderam mais do que roupas, comercializaram estilo, personalidade e identidade. Uma que soube fazer bem isso foi a Quicksilver que ficou reconhecida mundialmente por focar em roupas esporte com foco em surfistas e também no público masculino vendendo mochilas, bonés, bermudas, camisetas.

Mas para obter sucesso nessa jornada da experiência do consumidor, uma coisa é fundamental: comunicação e branding. Todas as empresas que se destacam perante o seu público e tornaram-se cases de sucesso souberam planejar ações de marketing, identificaram bem o público-alvo e intensificaram o relacionamento com ele por meio de diversos canais de comunicação (propaganda, redes sociais, eventos, vídeos, produção de conteúdo, etc). Abaixo, trazemos três exemplos de marcas que souberam gerar interesse e venderam mais do que um produto e, sim, estilo.

Beats

Os fones de ouvido Beats, uma marca que nasceu em 2008 e cresceu rapidamente no mercado mundial, soube se planejar bem e utilizou-se de uma estratégia de comunicação que fez o nome da empresa ficar conhecido em pouco tempo.

Em 2012 a Beats foi responsável por 40% das vendas de fones de ouvido nos Estados Unidos, um mercado avaliado em mais de US$ 1 bilhão. Esses números chegam a impressionar se observarmos o preço elevado desses fones, que podem chegar a U$$ 400. Outras marcas concorrentes oferecem opções mais acessíveis que custam cerca de U$$ 20. Mas o que a Beats fez para se destacar? Tornou-se uma marca desejada.

A empresa soube fazer algo que nenhuma outra do mesmo segmento conseguiu: tornou os fones de ouvido algo sexy, em que passaram a fazer parte do estilo e vestimenta das pessoas, sendo vistos como acessórios.

Tudo isso foi conseguido graças a diversos fatores e um marketing que atua em diversos canais em que soube aliar à marca com artistas, celebridades e esportistas fazendo com que muitos deles usassem os fones de ouvido Beats e isso fosse divulgado espontaneamente em matérias, jornais e reportagens. Além disso, tudo é muito bem pensado: o design dos produtos e o nome Beats, que faz referência às batidas de uma música, mostram o cuidado em produzir um produto que conversa com a sua proposta: ser mais que um fone ouvido de altíssima qualidade, ser uma grife.

Chilli Beans

Por trás da loja da Chilli Beans há uma história e um conceito. O formato da loja, posicionamento dos produtos e a postura dos vendedores fazem parte de uma cultura organizacional enraizada e que é construída dia a dia.

É preciso criar um laço e uma herança que vai passando de pessoa para pessoa. A Chilli Beans tem como símbolo a pimenta porque o seu efeito é extrapolado, que combina uma explosão de sentimentos que a marca quer passar em seus acessórios, como óculos e vestimentas. Em 2014, a Chilli Beans ficou entre as três empresas brasileiras mais inovadoras, em estudo realizado pela consultoria DOM Strategy Partners, que analisou as 500 maiores companhias do país.

O intuito da publicidade e o modo de vender tem um objetivo claro: fazer o consumidor refletir. As campanhas da marca não passam despercebidas e seguem o estilo “ame ou odeie”, que trazem uma certa polêmica e frequentemente estão entre os assuntos mais comentados por milhares de pessoas. Uma das campanhas com maior projeção e visibilidade foi a que trazia diversos olhos de animais com o slogan: “para todas as espécies”.

Cada coleção conta uma história diferente e traz um conceito por trás da concepção e dos modelos de óculos. Artistas, países, personalidades, reis antigos, entre outros são temas recorrentes e servem de molde e inspiração na criação dos óculos.

Parcerias de cobranding com estilistas, designers e artistas brasileiros dão vida aos óculos e relógios da Chilli Beans. Atualmente, a rede tem coleções com alguns dos nomes mais importantes da moda mundial, os estilistas Alexandre Herchcovitch, Gloria Coelho, Ronaldo Fraga, Vitorino Campos, entre outros.

Em março de 2014, aconteceu a primeira parceria internacional, com a Kravitz Design, braço de design do músico Lenny Kravitz. A coleção foi lançada simultaneamente no Brasil e Estados Unidos.

“Não me custa absolutamente nada começar a plantar semente para o futuro. A gente é o 2º maior vendedor de óculos Barbie do mundo. Fizemos pesquisa de Top of Mind com crianças de 8 a 12 anos. De 10 deles, sete falam o nome Chilli Beans. Qual é a nossa ideia? Pensamos no futuro”, afirma Caito Maia, fundador da Chilli Beans.

A frase acima foi dita pelo empreendedor durante a gravação do Estudo de Caso produzido pelo meuSucesso.com. Na ocasião, Caito deixa claro uma coisa: a construção de uma imagem e a marcação de uma presença da marca. A marca está preocupada em já estar no imaginário de seus clientes e já constrói e alimenta a imagem da marca em seu público jovem.

Reserva

O nome Reserva faz referência à praia que Rony Meisler, fundador da marca, frequentava com seus amigos e o logo que faz referência a um pica-pau surgiu de forma curiosa quando o empreendedor foi visitar um ateliê de design e viu a figura do pássaro jogada no lixo. O símbolo chamou atenção de Rony que logo se identificou por aquilo. Não demorou muito tempo para que a marca crescesse e se tornasse referência na moda brasileira.

A empresa é conhecida por suas ações marketing bem planejadas e também é conhecida por diversas polêmicas. Uma delas foi quando Rony cancelou a participação da Reserva no São Paulo Fashion Week de inverno e lançou uma espécie de manifesto explicando que era um protesto contra a falta de criatividade do que se via na passarela. A coleção foi apresentada em fotos que retratavam bonecos vestindo suas roupas. Em uma das edições do Fashion Rio, a empresa colocou um caminhão vitrine na rua com casais trocando beijos.

A marca também sabe se aproveitar de situações do cotidiano como fez com quando lançou t-shirt em que se lê: ‘Quem é essa aí, papai’ fazendo referência a frase em que Ivete Sangalo falou para o marido, o nutricionista Daniel Cady, ao vê-lo conversando com uma mulher durante um show dela na Bahia, no começo do ano.

Até um roubo em uma das lojas da rede foi motivo de campanha que divulga um assalto que ocorreu na unidade que fica no bairro Jardins, em São Paulo. O slogan do vídeo diz “Não precisa quebrar a vitrine. Apenas entre. Liquidação Reserva: até 40% off” e foi tema de reportagem no site do jornal britânico “The Guardian”.

Todos os detalhes dessas ações de marketing e também da história da empresa serão contadas no Estudo de Caso que traz como protagonista Rony Meisler, fundador da marca. Na semana que vem, no dia 23, o empreendedor vai estar com a gente em um bate-papo descontraído e cheio de insights na Cinépolis Lagoon, no Rio de Janeiro – terra natal de Rony. Além disso, você irá assistir a uma produção cinematográfica produzida especialmente para as telas do Cinépolis! Você não pode perder essa oportunidade. Veja abaixo mais infos.

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