Quem olha para a Embraer hoje e vê uma das maiores referências na indústria de aviação mundial talvez não imagine que a companhia quase fechou as portas um dia. Mas isso aconteceu. Foi nos anos 1980, quando o mundo passou por uma de suas tantas crises financeiras, e o Brasil, como é de praxe, foi bastante abalado. Na época, Ozires Silva havia deixado o comando da empresa para assumir a Petrobras.
Depois de conquistar respeito internacional e consolidar suas operações, a Embraer viveu momentos de glória, com crescimento constante e sólido. Mas as dificuldades da chamada "década perdida" lhe impuseram uma sequência de perdas que em poucos anos a situação era de pré-falência.
As dificuldades se prolongaram até os anos 1990, quando se começou a discutir a privatização da empresa, o que veio a ocorrer em 1994, no final do governo Itamar Franco. Na ocasião, Ozires Silva foi convidado a reassumir a companhia e conduzir a transição.
Depois de ser leiloada, a empresa passou por um período de reestruturação e definição de novas estratégias. Bem sucedida, a venda deu um novo gás à Embraer, com a modernização da gestão. Em poucos anos, a companhia já figurava no posto de terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo.
Hoje, o lucro da empresa passa dos R$ 600 milhões e é crescente. Seu valor de mercado atualmente é de R$ 19 bilhões.
A companhia já produziu mais de 5 mil aeronaves, emprega mais de 19 mil pessoas de 20 nacionalidades diferentes e está presente em mais de 60 países.
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