Antes que as startups passassem a dominar o mercado, a administração enxuta já era tendência


Startups conquistaram popularidade nas últimas décadas. Por conta do baixo custo de entrada e enorme potencial de escala, abrir uma startup passou a ser o sonho de boa parte dos empreendedores – em especial dos mais jovens, que sonham em ser seus próprio patrões.

Startups têm várias características únicas, conforme descreve Eric Ries em seu livro A Startup Enxuta (Lean Startup). Porém o conceito não foi inventado recentemente. Ele se apoia no modelo de produção industrial que se convencionou chamar Sistema Toyota de Produção.

Portanto, antes que as startups passassem a dominar o mercado, a administração enxuta já era tendência. Produzir conforme a demanda, reduzir os desperdícios na cadeia de valor e estoques flexíveis são algumas de suas premissas.

Por sua vez, Lean Startup nada mais é do que uma combinação de processos que envolvem desenvolvimento ágil de produtos, protótipos rápidos – ainda que imperfeitos –, desenvolvimento de clientela e aprimoramento contínuo baseado no feedback. A tônica é uma só: reduzir o desperdício. Cortar o desnecessário. Falhar cedo e aprender rápido. Em outras palavras, é uma versão moderna do modelo preconizado por Taiichi Ohno.

Esse conjunto de processos, entretanto, não são aplicáveis apenas a startups e empresas de produtos e serviços tecnológicos. E processos sempre podem ser adaptados, desde que o aspecto humano da organização tenha o mindset necessário.

Veja aqui algumas diferenças entre Lean Startup e o modelo tradicional de negócios.

Startups: principais conceitos relacionados

Para aplicar técnicas de lean startup em um negócio tradicional ou mesmo em um setor específico, é necessário entender os principais conceitos:

Circuito de reação

Baseia-se em uma cadeia em três etapas: construir, medir e aprender. A primeira refere-se à construção do produto ou serviço e sua apresentação aos clientes. A segunda avalia se os esforços empregados estão gerando progressos ou não. Na terceira etapa, a partir das métricas, a equipe irá decidir se continua com a implementação do produto ou se elabora um pivot – produto melhorado.

MVP

Ou mínimo produto viável, consiste na versão do produto que permite a apresentação aos clientes e coleta de suas avaliações. O propósito do MVP é testar e validar hipóteses de negócios antes de arriscar tudo em uma ideia inovadora, mas que tem grandes chances de dar errado.

Métricas de vaidade

São aqueles números que refletem apenas o que o empreendedor quer ver, e não necessariamente o que demonstra se a empresa está gerando valor ou não. Por exemplo, número de cliques em uma campanha de redes sociais; se a taxa de conversão – clientes comprando seus produtos – for baixa, de nada adianta ter um alto volume de acessos.

Testes A/B

Consiste na oferta de diferentes versões de um mesmo produto a determinados grupos de clientes ao mesmo tempo. Funciona como um teste de laboratório: a partir da maneira como cada grupo reage e usa o produto, a empresa define a versão mais refinada.

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