As plataformas digitais trouxeram um dinamismo nas relações e uma maior facilidade para o consumo. Entenda como esse movimento tem crescido cada dia mais.


Você quer comprar um carro novo. Antigamente, você abria o jornal e ia até a página dos classificados. Uno, Chevette, Monza e Logus à venda. Único dono. Pegava os telefones e ligava. Discutia preço, entendia mais sobre o carro, procurava informações. Visitava os lugares. Olhava com atenção. Depois de muita busca, percebia que nenhum deles era do jeito que imaginava e começava a procurar tudo de novo.

A evolução da internet em sociedade e nossos comportamentos é nítida. Deu pra sentir a diferença que as plataformas digitais fazem no dia a dia de todos, não é?Hoje se tornou mais fácil pesquisar, encontrar e comprar aquilo que se deseja. Desde um carro até mesmo um simples almoço. O arsenal de possibilidades está em nossas mãos. Com a chegada da pandemia, o uso das plataformas digitais se tornou ainda mais usual para um número maior de pessoas. As conexões ficaram muito mais simples, a comunicação continuou possível mesmo com o distanciamento físico. As barreiras no trabalho, na vida pessoal e a forma como entendemos o mundo foram derrubadas de uma vez. Entenda como essas mudanças têm impactado a forma de consumo. 

Hábitos de consumo e as plataformas digitais

A grande mudança, encabeçada pela pandemia, fez com que os consumidores comprassem muito mais no ambiente online. Um estudo realizado pela All iN e Social Miner mostrou que 42,9 milhões de consumidores compraram por plataformas digitais. Desses, quase metade era de novos consumidores.

Em um outro estudo realizado pela Social Miner, essa tendência é perceptível: entre os entrevistados da pesquisa, 48% disseram que compram pela internet por ser mais barato e para 46% o processo é muito mais prático e rápido. Outro destaque da pesquisa é o fato de 39% serem atraídos por ofertas online. 

Os consumidores que têm tido experiência positiva com compras no ambiente digital se mostraram animados em repetir o processo. Isso mostra o quanto a pandemia mudou os hábitos e que essa mudança deve se estabelecer mesmo após as medidas de distanciamento e isolamento deixarem de ser impostas. 

E, claro, o mercado nacional foi amplamente impactado em 2020. 

Mercado nacional em 2020, a força dos marketplaces 

Os dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) são claros: em 2020, o comércio eletrônico atingiu um crescimento de 68%, chegando a mais de 126 bilhões de faturamento, com um share de 11%. Quem mais aproveitou esse processo foram os marketplaces.

Se você não conhece o termo, marketplace é a junção das palavras market (mercado) e place (lugar) e significa exatamente isso : um local no ambiente digital onde diversos vendedores oferecem seus produtos. 

Desde que a pandemia se iniciou, os marketplaces exerceram um papel fundamental para os vendedores – principalmente para aquelas que ainda não vendiam em ambiente online. Para entender esse efeito, cerca de 78% do comércio eletrônico B2C (Business-to-Consumer) é feito nesse tipo de modalidade, segundo o instituto Ebit|Nielsen.

Plataformas digitais são as protagonistas 

É inegável que as empresas que se utilizaram dessa estratégia tiveram sucesso. O Mercado Livre, por exemplo, se tornou a marca de maior valor na América Latina. Rappi e iFood seguem a trilha vencedora. Essas marcas têm em comum o DNA das plataformas digitais: facilitar o acesso e o relacionamento. 

As plataformas digitais funcionam, basicamente, com informação, para facilitar o processo das pessoas que oferecem algo para quem demanda. O contrário também funciona. Esse modelo faz com que as interações aconteçam de maneira multilateral, tendo em vista as inúmeras conexões possíveis. Em outras palavras, não é uma relação bilateral entre comerciante e consumidor: é uma rede formada por diversos personagens que faz com que a troca seja muito mais rica. Isso explica o fato de as marcas citadas acima crescerem tanto na pandemia. Não é só a oferta e a procura: é, também, a forma de relacionamento e a facilidade de encontrar informações. A escalabilidade é uma das grandes vantagens desse tipo de negócio.

Quem trabalha com serviços também sai ganhando

Quem se favorece  desse modelo não são  somente aqueles que oferecem um produto físico para vender, pois também existe muita demanda para serviços ou mesmo profissionais autônomos. As possibilidades são variadas, enfim.

Esse dinamismo faz parte das plataformas digitais, mas está longe de ser a única vantagem. Um outro ganho é a redução de custos. A infraestrutura tende a ser bem menor, o que reflete em economia. Além disso, há uma melhora considerável no relacionamento empresa/cliente e empresa/fornecedor. Essas conexões permitem que todos cresçam: passa a ser vantajoso para todos os envolvidos no processo. 

Essa alternativa não é a única num cenário complexo como o atual, mas um princípio que as plataformas digitais carregaram, e as empresas que deram certo nesse período também, é o de facilitar a vida dos consumidores. Criar conexões, simplificar caminhos e tornar o consumo um hábito prático tem mudado a realidade de muitos negócios – e pode mudar a realidade do seu, também.  

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