O Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo. Entretanto, seis em cada dez empresas fecham as portas antes de completarem cinco anos de idade, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Muitos empresários só percebem que a empresa está à beira da bancarrota quando estão afundados em dívidas junto a bancos e passivos tributários.
Boa parte dessas empresas fecha as portas porque cometem erros básicos de gestão. Outras cometeram erros que as deixaram à mercê da crise econômica. Entretanto, cometer esses mesmos erros em épocas de bonança seria um risco para qualquer negócio. Confira abaixo os cinco equívocos mais sérios.
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Gestão ineficaz (ou inexistente) de estoque
Uma parte essencial da estratégia empresarial é o estoque. Para saber quais os produtos de maior giro e planejar as compras e negociações junto aos fornecedores, o empreendedor precisa conhecer seus clientes e o mercado onde atua. Se o produto que os clientes precisam quando estão prontos para abrir a carteira não estiver disponível, eles correm para o concorrente. E, quando quiserem substituir o produto, sequer vão pensar na sua empresa.
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Ausência ou precariedade nos processos
Em tempos de certificado digital e internet das coisas, ainda é comum encontrar empresas que usam processos manuais e não têm informações sobre os próprios clientes. São negócios que abrem as portas pela manhã e esperam que os consumidores entrem num passe de mágica. Todo negócio se sustenta no tripé pessoas + processos + tecnologia. É possível ganhar eficiência apenas redesenhando processos internos, sem gastar um centavo.
Processos administrativos nada mais são do que conjuntos de atividades que se relacionam e mantêm dependência entre si que trabalham em sinergia para transformar insumos em produtos e serviços. São quatro as funções principais dos processos: planejamento, organização, direção e controle.
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Falta de controle
Deixar que a empresa funcione ao sabor dos acontecimentos é um atalho certo para a falência. Inserir processos na rotina produtiva deve ser uma estratégia acompanhada do controle eficiente desses processos. O controle é a parte responsável por obter informações sobre o desempenho e comparar com o que foi planejado. Dessa maneira, é possível saber se metas foram atingidas, se há falhas e como corrigi-las.
O controle é composto de quatro atividades principais: definição de indicadores de desempenho, mensuração do desempenho por meio dos indicadores, comparação entre o previsto e o executado e adoção de medidas preventivas e corretivas contra os desvios detectados.
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Equipe desengajada
Empresários que se comunicam mal com seus funcionários correm um sério risco de ver a produtividade cair sem motivo aparente, mesmo com salários e benefícios pagos rigorosamente em dia. Não se trata apenas de cordialidade, mas de dizer diretamente o que espera de cada um dos funcionários, deixar claro que confia neles para obter o resultado desejado, lembrar que o sucesso da empresa é o sucesso de todos. E, por fim, dar um feedback apropriado. Sem isso, a equipe sentirá que não há propósito no trabalho e a produtividade geral cairá.
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Desconhecimento do mercado
Visão estratégica é uma das principais qualidades de empreendedores de sucesso. Para ter essa visão, é fundamental conhecer o mercado onde atua ou pretende atuar — isso significa definir quem são seus clientes, seus fornecedores e seus concorrentes. Se há uma demanda reprimida no mercado, então há clientes que querem desembolsar dinheiro, mas não encontram produtos ou serviços para isso. Se essa demanda é suficientemente atendida pela concorrência, é necessário criar um diferencial para o produto ou serviço que atraia o interesse dos clientes.
Empresários que ignoram essas variáveis e continuam a fazer mais do mesmo optaram por correr um sério risco de fechar as portas. E isso seguramente acontecerá cedo ou tarde.
Como saber se a empresa está a caminho da falência?
De acordo com o advogado e consultor de empresas Artur Lopes, existem pelo menos cinco indicadores de que as coisas não vão bem. "Se qualquer uma dessas situações ocorrer, há uma crise instaurada", alerta.
- Prejuízos sucessivos ou queda acentuada nos lucros;
- Acúmulo de passivos tributários;
- Aumento do endividamento bancário;
- Os fornecedores passam a ser pagos com atraso;
- Os funcionários deixam de receber em dia.
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