A expectativa do varejo para a Páscoa deste ano era de crescimento, de ovos bem recheados para adoçar a vida dos brasileiros, porém, ninguém contava com a chegada do coronavírus e a pandemia, anunciada pela OMS – Organização Mundial de Saúde, em meados de março.
Com as recomendações de isolamento e distanciamento social, as vendas presenciais foram retraídas e agora, infelizmente, o cenário é de que, em vez de subir, caiam. Mas, como os clientes estão fazendo para garantir suas Páscoas? E as fábricas e toda a produção que já estava pronta? A realidade, mais do que nunca, é a venda online, delivery, e muitos descontos para o consumidor final.
Driblar uma situação como esta não é simples e cada varejista está fazendo o que pode para tentar minimizar o impacto que o coronavírus está gerando. Nesse aspecto, o consumidor ganha, pois muitas grandes marcas e redes estão vendendo chocolate com descontos antecipados. A crise na Páscoa de 2020 vai fazer com quem as famílias não se reúnam no próximo domingo, dia 12, esse ano será diferente! Apesar de muitas pessoas terem condições de comprar ovos e promover um almoço com quem mora na mesma casa, esse, infelizmente, não é o retrato da maioria dos brasileiros. Em momento de contenção de despesas, o chocolate não é uma prioridade e acaba puxando a curva das vendas para baixo.
Para fábricas de chocolate, a Páscoa é a maior data do ano
A Kopenhagen, que já esteve em foco recentemente no meuSucesso.com, com o estudo de caso da vice-presidente, Renata Vichi, com foco em planejamento estratégico, está apostando em várias ações neste momento especial em que o mundo vive. O site da marca, tão lembrada pelos brasileiros quando o assunto é chocolate, está promovendo descontos de 30% nos itens de Páscoa. Mais do que isso, ações localizadas em São Paulo, incentivam a doação de sangue no Banco Paulista de Sangue, no centro de São Paulo, com doação de ovos para quem for até o local fazer sua contribuição. Para Renata, quem está disposto a sair de casa nesse momento para fazer o bem, merece a gratidão da Kopenhagen.
Outra empresa deste ramo que já passou pelo meuSucesso, foi a Cacau Show, de Alexandre Costa. A marca também está trabalhando muito em busca de soluções para o seu produto, que, de acordo, com Alexandre, estraga e é diferente de bens de consumo não perecíveis. Com cerca de 2.300 lojas pelo país, a Cacau Show, diante da incerteza de poder abrir suas lojas ainda antes da Páscoa, apostou no e-commerce e na venda online, com várias ofertas e promoções.
A pandemia do coronavírus pegou todos os fabricantes de chocolates já com suas produções prontas. Além das marcas que citamos, todos estão buscando meios de, de alguma forma, conseguir concretizar a venda. Whatsapp, e-commerce, drive thru, instagram, facebook. Com divulgação massiva nas redes sociais, mais do que nunca a integração dos canais de vendas está sendo feita.
Atitudes que podem ser soluções para a crise na Páscoa
Você é varejista e seu estoque está cheio de produtos de Páscoa? Bom, com criatividade, muitos donos de comércio estão buscando alternativas de garantir algum faturamento neste momento. Vamos ver algumas ideias?
1. Flexibilize a entrega: delivery, retirada, drive thru.
2. Negocie com clientes que pensam em cancelar pedidos já feitos! Se há o receio em receber em casa nesta época, remarque o prazo, mas segure o pedido.
3. Tome todos os cuidados de higiene respiratória indicadas para este momento de pandemia e tranquilize o seu cliente, orientando o descarte da embalagem externa quando receber. É um momento de parceria.
4. Aposte em porções individuais e em kits para poucas pessoas.
5. Se sua empresa ainda não migrou para a venda online, essa é a hora.
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