O mundo está começando a ver que a diversidade tem a força e que precisamos de mais mulheres na tecnologia!


Augusta Ada Kim, condessa de Lovelace, é reconhecida como a primeira programadora da história! Incrível, não?! Não sabia?! Pois é!  Apesar de termos exemplos tão incríveis como a Ada, a desigualdade de gênero na área de tecnologia e ciências da computação ainda é uma realidade! E o mundo está começando a ver que a diversidade tem a força e que precisamos de mais mulheres na tecnologia! Muito tem sido feito pelo mundo, mas ainda não estamos nem perto do suficiente… 

Para resumir a história: fui a única mulher a se formar no ano passado em Ciência da Computação na USP. Não é possível que seja normal, da maior faculdade do nosso país sair apenas uma mulher de um dos cursos mais falados dos últimos tempos. Com o sentimento de que aquilo não estava certo, já no meu primeiro dia de aula foi para a internet e fundei o blog Mulheres na Computação, um espaço onde eu podia escrever sobre o que eu ia estudando e descobrindo sobre o tema e sobre a tecnologia. 

Depois de 5 anos discutindo e estudando o tema tenho alguns palpites de porque somente 2% da comunidade que desenvolve software livre no mundo é composta por mulheres por exemplo! Há ainda poucos estudos que analisem a escassa presença de mulheres no campo da tecnologia. Faltam, inclusive, dados mais específicos que retratem o cenário. Por isso, chamo as razões que eu vou listar aqui de palpites. Elas são bastante baseadas na minha experiência pessoal de quem já foi menina, estudante de Ciência da Computação e hoje é Engenheira de Software.Vamos à elas:

1. Educação sexista: nossa educação cria padrões bastante rígidos de o que se espera de uma menina e de um menino, ainda que isso não seja intencional. Damos para os meninos o carrinho, eles jogam muito mais videogame, consertam o carro com o pai, discutem como uma ponte é construída. Enquanto isso, a menina é 

muito mais estimulada a escrever, dançar, cuidar da boneca, não que isso seja errado, mas será que não tolhe as possibilidades que essa criança enxerga? 

2. Estereótipo da área: pensa em um programador! Duvido que você imaginou uma menina. O profissional da área é visto como alguém pouco sociável, que lida apenas com máquinas o dia inteiro. E dada nossa criação, esse tipo de estereótipo não atrai muito as mulheres. Vou aproveitar e contar um segredo para vocês: essa é uma visão errada da área! Podemos, sim, ter impacto social, interagir com qualquer que seja o campo do conhecimento e ser bastante sociável. 

Precisamos derrubar as barreiras para abrir mais possibilidades para as nossas crianças, independente de gênero. O campo da tecnologia já tem um papel importante para a sociedade moderna, sendo que se intensificará cada vez mais. Como defende a entidade The Ada Initiative, “para que essa mesma sociedade seja justa e reflita os interesses de todas as pessoas”, as mulheres precisam atuar nas atividades que a determinam e impactam a humanidade. Meninas e mulheres precisam se empoderar da tecnologia para que possam influenciar a idealização e produção da tecnologia. 

Está na hora de deixar de ser só usuária e se tornar inventora, designer e engenheira! E é por isso que eu estou aqui! Vamos conversar sobre um montão de coisas sobre tecnologia e vocês vão ver o quanto isso vai ajudar e empoderar vocês!

Até a próxima!

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Camila Achutti

Camila Achutti tem 22 anos é Engenheira de Software da Iridescent, ONG americana de ensino e formação científica e tecnológica e Influenciadora digital na FIAP, onde esta liderando a Maratona de Aplicativos 2014 em parceria com o Google Brasil. Fundadora do blog Mulheres na Computação, Embaixadora do Technovation Challenge Brasil e Fellow do Brazil Innovators. É formada em Ciência da Computação pelo IME-USP e também mestranda pela mesma instituição, estagiou no Google em Mountain View e decidiu voltar para o Brasil fazer o que ama: mostrar o poder de transformação da tecnologia e empreendedorismo!