Nossa equipe foi até o Vale do Silício para descobrir um pouco mais sobre como funciona a cultura de empresas como Netflix, Kenshoo e Evernote.


Profissionais e uma equipe qualificada são a chave para o sucesso de uma empresa. Quando nós vemos um negócio de alto impacto demonstrando um crescimento exponencial, podemos perceber que por trás há uma equipe competente dando respaldo e apoiando o crescimento.

No Vale do Silício acontece algo que foi denominado como “Guerra dos Talentos” e nossa equipe foi até lá descobrir um pouco mais sobre como funciona esse ecossistema, onde a disputa por profissionais é bem acirrada. O quinto episódio da série Go N Grow faz uma reflexão sobre esse cenário trazendo o ponto de vista de diversos empresários americanos que compartilham um pouco da vivência que tiveram nos últimos anos. Se você é aluno, assista o capítulo e comente o que achou. Se quer saber mais sobre a série e aprender com a gente, confira um pouco mais.

Netflix: compreendendo a cultura da empresa

Uma empresa que vem à mente quando pensamos em um time focado em crescimento, que obteve ótimos resultados nos últimos anos, é a Netflix. No final de 2016, a empresa de conteúdo audiovisual online contava com 83 milhões de assinantes e mais de 5.500 títulos disponíveis, arrecadando US$ 2,11 bilhões, 28% a mais do que em 2015. No Brasil, a empresa faturou cerca de R$ 1,1 bilhão, mais que emissoras abertas como o SBT e a TV Bandeirantes. Em 2017, a companhia planeja ultrapassar os 100 milhões de clientes.

Mas, qual será o segredo dela? Provavelmente são muitos, mas com certeza um deles é um time engajado e disposto a levar a empresa a altos patamares. Muito do que fez a empresa chegar na posição atual se deve à cultura de trabalho única que foi desenvolvida. E nós podemos encontrar um pouco sobre isso na Internet. Há um documento com cerca de 124 páginas, compartilhado com mais de 13 milhões de pessoas no Slideshare – inclusive é apontado como um dos documentos mais importantes que saíram do Vale do Silício – que é o famoso “Netflix Culture: Freedom & Responsibility” (Cultura da Netflix: Liberdade & Responsabilidade) e foi desenvolvido por Patty McCord, que era o responsável na época  pela área de Talentos da empresa. Para quem quiser conhecer um pouco mais, pode acessar o documento por aqui.

O conteúdo que faz parte do documento revela a audacidade da empresa em adquirir os melhores profissionais da área. Não há política de férias, nem política de viagem, como outros itens. O que podemos perceber é que a empresa se baseou em trabalhadores autossuficientes que realmente abraçaram a responsabilidade e fizeram o negócio crescer. Portanto, foi construído um estilo de gestão extremamente delegador, políticas e práticas de RH adequadas à sua realidade e uma estrutura muito enxuta.

Evernote: preservando as particularidades

Nossa equipe conversou com Andrew Malcolm, CMO na Evernote, para compreender um pouco mais sobre a cultura da empresa e como manter os funcionários engajados. O que o empreendedor nos revela é que a empresa está no seu oitavo ano e grande parte do time é composto por muitas das pessoas que iniciaram o negócio.

Podemos perceber que a organização se preocupa com seus funcionários. Vimos algumas particularidades como a “cabine” de um dos funcionários da Evernote (que no dia da gravação estava em Nova York), um espaço único dele, no meio do escritório, que demonstra que o negócio preserva as particularidades dos funcionários. “Você tem que acreditar em compartilhar a sua responsabilidade, é necessário ser incrivelmente transparente com as pessoas e você precisa dar as pessoas uma razão para trabalhar em algo que elas se importam”, comenta.

Não olhe apenas para as habilidades

Ty Abernethy, co-fundador da Take the Interview, empresa de tecnologia de recrutamento focada em processos de entrevistas de emprego, conta que o objetivo é ajudar as companhias a organizarem e gerirem o alto volume de inscrição dos candidatos e ao mesmo tempo fazer com que o tempo seja otimizado, contratando-se o mais rápido possível.

Como o empresário comenta, ele mesmo tem que lidar com o desafio de recrutar internamente os profissionais do negócio e faz isso desde o primeiro dia quando começou com o outro sócio a pensar em como atrair, contratar os melhores e fazer a entrevista. “Nós estamos localizados em Nova York e a competição e concorrência é feroz aqui. Acredito que recrutar tanto em Nova York quanto no Vale do Silício tem os seus desafios, como no Brasil e em outros lugares. Então, para nós, tudo começa com a cultura. Está claro os valores do negócio, no que acreditamos, qual é a nossa missão e devemos ter certeza que estamos contratando por causa disso. Claro que nós precisamos de determinadas habilidades, mas se você não se encaixa na cultura, nós não iremos considerar você”, afirma.

Aprenda sobre vendas no meuSucesso.com. Experimente por 7 dias grátis.