O fracasso rendeu oportunidades que se tornaram mais do que notas de rodapé em sua biografia


Eric Ries tinha pouco mais de 20 anos quando fundou sua primeira startup, a Catalyst Recruiting. À época, ainda era estudante de Ciências da Computação na Universidade de Yale. Hoje, ele diz que a Catalyst — que conseguiu investimentos e teve um curto período de vida — de "rodapé do rodapé" na sua carreira de empreendedor.

"Gastamos todo o dinheiro da Catalyst com marketing, achando que sempre haveria mais dinheiro depois. Baseado no que eu lia em revistas na época, eu pensei que as regras do empreendedorismo envolviam estar no lugar certo na hora certa, trabalhar duro, quebrar todas as regras, ser perseverante, bater no teclado mais um pouco e beber cerveja", lembrou.

O fracasso rendeu oportunidades que se tornaram mais do que notas de rodapé em sua biografia. Ries percebeu que abrir uma startup não é uma aventura de iniciantes numa garagem, mas requer práticas de gestão de negócios diferenciadas.

Em 2008, ele passou a compartilhar sua experiência como CTO e co-fundador da IMVU, empresa de tecnologia 3D e virtualização. Os tópicos de suas palestras frequentemente apontavam como ele conseguia resolver problemas de maneira rápida com repetições e feedbacks dos consumidores. Nascia aí o conceito de MVP – conheça mais sobre esse termo.

Os conselhos de Ries davam resultados. Em seguida, viraram posts em seu blog, Startup Lesons Learned. Em 2011, seus artigos e palestras deram origem ao livro A startup enxuta (Lean Startup), que se tornaria o nome do método para gerir negócios iniciantes baseados em tecnologia e altamente escaláveis. É o caminho das pedras que coloca as startups no mesmo nível de competitividade das multinacionais — que utilizam métodos de gestão complexos e de lenta implementação.

O método não é tão inovador. O modo de produção enxuta já havia sido popularizado nos anos 80 com Eiji Toyoda — que transformou a Toyota em uma empresa lucrativa numa época dominada por montadoras norte-americanas. Mas, para que fosse adotado por startups, precisava adaptar alguns conceitos e, sobretudo, de um embaixador que conhecesse o cotidiano dessas empresas por dentro. Esse é o papel de Ries.

E esse papel está longe de se esgotar. O mundo das startups ainda é novo, muitos dos impactos provocados por esses negócios só podem ser observados a longo prazo. Alguns modelos se mostraram lucrativos, a exemplo da 99Taxis e Uber. Outros, como o Groupon, ruíram. Ainda há muito para ser aprendido.

Em um post recente no seu blog, Ries defende uma aplicação mais ampla do modelo "lean startup". "Cinco anos após escrever A startup enxuta, trabalhei com organizações de vários tipos e tamanhos que jamais imaginei que estariam interessadas nas ideias que publiquei naquele livro", conta Ries.

"E o que aprendi é que o modelo enxuto não é apenas para startups de cinco pessoas: serve para todos — especialmente para aqueles que querem avançar em um mundo de mudanças rápidas como o que vivemos hoje, onde a única garantia é que não sabemos o que virá em seguida", relata.

Para ele, empresas como a GE ou até o Governo Federal — dos EUA — podem ser classificados como empreendedores por conseguirem pensar como startups. E esse pensamento consiste na adaptação contínua, experimentação, crescimento sustentável e impacto a longo prazo.

Ries não é apenas um conselheiro moral, mas um pensador para os negócios do século 21. Ele tem experiência, conhecimento e um método claro que pode ser aplicado em qualquer negócio. Empresas — especialmente startups — que não conhecem as ideias de Ries precisam preencher essa lacuna urgentemente.

Entenda tudo sobre startups, Lean Startup e as “empresas unicórnios”

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