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Para chegar, de maneira precisa, a dados de grande importância para qualquer negócio, como o Ponto de Equilíbrio Contábil, e definir preços, um fator é crucial: a margem de contribuição. O assunto pode representar uma dor de cabeça para muitos administradores (e, realmente, fazer a conta de maneira correta não é a coisa mais simples do mundo). Mas, uma vez desvendada, pode ser útil para organizar as finanças e oferecer estabilidade aos negócios, além de ser uma maneira de controlar as contas da organização e, como dito, melhor precificar os produtos.

 

O que é margem de contribuição?

Em poucas palavras, a margem de contribuição pode ser definida também como ganho bruto sobre as vendas, ou seja, quanto sobra das vendas para que a empresa possa pagar suas despesas fixas e gerar lucro. Nessa conta, é importante reforçar, o valor a ser considerado já tem abatido sobre o valor de venda (preço do produto ao consumidor) as despesas variáveis, que são aquelas vinculadas diretamente à comercialização (impostos, taxas etc.).

Analisando o termos, temos que:

Margem – remete-se à diferença entre valor de venda (preço de venda) e os valores dos custos e das despesas específicas, também conhecidos como custos variáveis e despesas variáveis da venda. 

Contribuição – refere-se à parcela do valor arrecadado nas vendas que contribui para o pagamento das despesas fixas e também para o lucro.  

A margem de contribuição, portanto, é o valor das vendas menos o valor dos custos e despesas variáveis.

 

Fórmula para encontrar a margem de contribuição

 

Margem de Contribuição = Valor das Vendas – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis)

 

Uma dica importante para esse cálculo é considerar valores anuais, em vez de mensais, já que as vendas podem aumentar ou diminuir em função da época. Um panorama de 12 meses pode ser mais fidedigno. O que não quer dizer que, caso você precise de uma projeção referente a um período mais curto, não seja possível fazer o cálculo.

 

Entendendo o que é variável e o que é fixo

Um fator importante para o cálculo preciso da margem de contribuição é a correta definição do que é variável e o que é fixo. Muita gente se confunde e acha, por exemplo, que a conta de energia, porque pode ser mais cara ou mais barata a cada mês, é variável. Mas, na verdade, é uma despesa fixa, porque, embora o valor possa mudar, será sempre uma conta a ser paga, independente de serem realizadas vendas pela empresa. Já despesas como impostos e comissões de vendedores, embora tenham tarifas, geralmente, fixas, podem ser pagar e maior ou menor quantidade, dependendo do volume de vendas.

Então, recapitulando, temos que: é variável toda aquela despesa ou custo que depender da realização de vendas para existir. E é fixo tudo aquilo que tem de ser pago independente de qualquer coisa (energia, aluguel do ponto comercial, salários dos colaboradores etc.). 

 

Importância de calcular a margem de contribuição

O cálculo da margem de contribuição proporciona para o empreendedor um conhecimento aprofundado a respeito das suas possibilidades de lucro e dados precisos sobre os gastos de produção. Dessa forma, com mais segurança em relação às decisões relacionadas à empresa, aumentando seus lucros.

A margem de contribuição é um cálculo fundamental e deve ser feito constantemente.  É importante que o administrador tenha em mente que, ao saber o lucro real da empresa sobre um produto ou serviço, será mais simples calcular quanto ele irá lucrar com o aumento da demanda, levando em conta os custos de produção e as despesas variáveis e fixas.

 

Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é um indicador de segurança do negócio. É ele que mostra o quanto é necessário vender para que as receitas se igualem aos custos; porque, desse modo, você sabe em que momento, a partir das projeções de vendas do empreendedor, a empresa estará igualando suas receitas e seus custos.
 É a partir deste ponto que os novos produtos vendidos – desde que com margem de contribuição positiva – passarão a gerar lucro para a empresa.

Existem três principais variações do ponto de equilíbrio: o contábil, o financeiro e o econômicoEles são parecidos no conceito, mas apresentam perspectivas um pouco diferentes para o cálculo.

  1. Ponto de equilíbrio contábil: o mais comum e utilizado pelas empresas. Com ele, dividem-se os custos e as despesas fixas pela margem de contribuição
  2. Ponto de equilíbrio financeiro: muito semelhante ao Contábil, mas esse exclui da conta depreciações. O que vale aqui são apenas os gastos realizados para tocar o negócio, como despesas administrativas e custos operacionais.
  3. Ponto de equilíbrio econômico: Nesse indicador, acrescenta-se o custo de oportunidade, que considera a margem de ganho que alguém poderia ter se tivesse investido em outro negócio. E é aí que entra o ponto de equilíbrio econômico, que, além dos custos, considera o custo de oportunidade para indicar o quanto é necessário faturar para equilibrar esse fator e tornar a opção vantajosa.

De acordo com o Sebrae, a lógica do ponto de equilíbrio mostra que, quanto mais baixo for o indicador, menos arriscado é o negócio. E quanto menor for o ponto de equilíbrio, mais a empresa possui os seus custos relacionados à operação (custos variáveis) do que à manutenção (custos fixos) – ficando mais competitiva e com melhor rentabilidade frente aos seus pares.

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