75% das empreendedoras decidem empreender após a maternidade. Na classe C, a porcentagem aumenta para 83%.


Conforme a evolução foi ocorrendo ao longo da história, melhorias em relação à igualdade de direitos foram acontecendo e, pelos seus esforços, as mulheres conquistaram mais espaço.  Antes vistas somente como donas de casa, hoje, grandes mulheres colocaram seus nomes em evidência em cargos altíssimos em empresas, como chefes de Estado, como Presidentes de Repúblicas, como CEO’s de conceituadas companhias e como criadoras de empresas de sucesso. 

Mas, apesar de mulheres migrarem para o mercado corporativo por diversos fatores, chama a atenção a escalonagem do público feminino no empreendedorismo, visto que o Brasil tem a sétima posição, entre 49 países, de mulheres entre as empreendedores iniciais, ou seja, aquelas cujo negócio está nos primeiros 42 meses de existência, de acordo com o Sebrae.

Entender o papel da mulher na sociedade é importante para contextualizar porque tantos perfis femininos estão chegando no mercado empresarial. As mulheres vêm conquistando seu espaço década após década. Empoderar mulheres e promover a equidade de gêneros é benéfico para qualquer sociedade, fortalece a economia, impulsiona os negócios, além de promover melhoria no bem estar geral da sociedade.

O que leva a mulher ao empreendedorismo?

De acordo com dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em 2017 no Brasil, 24 milhões de mulheres brasileiras estavam à frente de um empreendimento (formal ou informal) ou realizavam alguma ação visando ter o seu próprio negócio.

Os motivos que levam as mulheres ao empreendedorismo são muitos: seja em busca de crescimento, realização profissional, seja por uma questão pessoal de propósito de vida, por dedicação compartilhada com a família, por identificação de mercado ou, comumente, por necessidade. Ao longo dos anos, o número de empreendedoras mulheres vem crescendo e já somam 47,6% dos CNPJ’s.

Mais da metade das mulheres que iniciam um empreendimento, começam de suas casas, esses 55,4%, de acordo com o Sebrae, refletem uma realidade de muitas que empreendem por necessidade de aumentar a renda e estar perto da família. O empreendedorismo materno é uma vertente mais notada nos dias de hoje, mas que não é uma novidade. Mulheres que se tornam mães e não podem ou não têm com quem deixar seus filhos para estar inserida no mercado formal de trabalho, acabam empreendendo para conciliar suas vidas profissionais, gerar renda para complementar ou até sustentar a família.

Maternidade estimula o empreendedorismo

De acordo com um levantamento realizado pela Rede Mulher Empreendedora em todo o Brasil em 2018 mostra que a empreendedora brasileira tem em média 39 anos, têm curso superior, é casada e tem filhos. A maioria das empreendedoras decide isso após a maternidade e que as razões emocionais são os grandes alavancadores dessa decisão. 75% das empreendedoras decidem empreender após a maternidade. Na classe C, a porcentagem aumenta para 83%.

Apesar de contemplar uma grande diversidade, os empreendimentos comandados por mulheres tendem a se constituir como microempresas, com menos de 10 funcionários. A presença mais marcante encontra-se no setor de serviços e, secundariamente, no setor de comércio.  Separamos algumas dicas para quem atravessa a maternidade com a necessidade de encontrar no empreendedorismo uma renda ou até o seu sustento:

  1. Loja virtual – a venda online está em alta e pode ser uma solução para a mãe que precisa, inicialmente, trabalhar a partir de casa;
  2. Serviço para gestantes – vale planejar o seu negócio com base nas próprias necessidades e dificuldades que estão frescas na memória de quem acabou de ter bebê. Lembre-se, criar um negócio é achar o ‘remédio para a dor do outro’;
  3. Revender é uma boa, geralmente não requer investimento e o lucro é líquido. Semi-jóias, lingerie, cosméticos, produtos de limpeza. Faça uma busca e encontre um produto que tenha a ver com você;
  4. Afiliada de vendas de cursos pela internet. Esse é um ramo que, com dedicação, é possível conseguir uma boa renda! Faça uma pesquisa sobre o tema e analise se é o seu perfil de negócio.

Apesar de serem negócios vistos como pequenos, pode ser o seu primeiro passo, em meio a maternidade, para depois, aos poucos, ir construindo uma carreira de sucesso. Que tal se inspirar nos casos de grandes empresárias brasileiras que estão no topo em seus segmentos? O meuSucesso já contou em detalhes as histórias de empreendedoras brilhantes que estão aí para dividir o conhecimento e tudo que enfrentaram ao longo da caminhada.

Renata Moraes Vichi é atual vice-presidente do Grupo CRM, que engloba as marcas Kopenhagen, Brasil Cacau e Lindt do Brasil. A empreendedora assumiu a diretoria de marketing da empresa em 1996. Essa é uma história cheia de planejamento estratégico.

Para mergulhar em protagonismo feminino, basta conhecer o estudo de caso dos Laboratórios Sabin, de Janete Vaz e Sandra Costa, que levantaram uma empresa do zero há mais de 20 anos. Com essas duas empreendedoras brilhantes, o aprendizado sobre liderança e gestão é certo.

Ana Amélia Filizola comandou a transformação digital da Gazeta do Povo, um dos maiores jornais brasileiros. Além disso, Cris Arcangeli trouxe ao meuSucesso suas estratégias de inovação e desenvolvimento de produtos, responsável pela criação do conceito de aliméticos.

Essas mulheres são demais! Que tal começar também a escrever a sua história? Conte com o meuSucesso! Estude com a gente e se prepare para o mercado.

Aline W de Paula